Alagoas teve o pior resultado do Brasil na geração de empregos em fevereiro deste ano, segundo dados do Ministério do Trabalho divulgados ontem. No mês passado o Caged registrou, no Estado, 8.144 admissões e 15.917 demissões.
O saldo na geração de empregos com carteira assinada ficou negativo em -7.773, com variação negativa de -2,13% em relação ao estoque de empregos do mês anterior.
No acumulado dos dois primeiros meses do ano o estado já perdeu quase dez mil empregos com carteira assinada.
De acordo com Ministério do Trabalho o saldo negativo no Caged foi puxado pela indústria sucroalcooleira, que afetou também outros estado do Nordeste.
Mas o impacto em outros estados produtores de cana-de-açúcar na região foi menor:Em Pernambuco o saldo ficou negativo em -4.370 empregos ou – 0,33%. Na Paraíba, o saldo ficou negativo em -3.183 ou -0,84% e no Rio G. do Norte, foram -844 empregos ou -0,20%.
Um quadro preocupante
Alagoas, como se sabe, sofre com a sazonalidade da cana-de-açúcar que a cada seis meses contrata e demite. Estamos no final da safra e é natural o aumento no número de demissões.
No entanto, o que mais preocupa agora é a fadiga dos outros setores da economia na geração de empregos. Os dados do Caged mostram saldo negativo na geração de empregos nos últimos 12 meses em segmentos como o da construção civil, por exemplo.
Ao analisar o resultado nesse período é possível tirar o efeito da sazonalidade. E os números mostram que nos 12 meses terminados em fevereiro de 2013 o saldo negativo de -5.196 vagas o que equivale a um recuo de -1,43% em relação ao estoque do período anterior.
Veja a tabela com dados do Caged: