Presidente Lula decidirá futuro da Braskem: empresa pode ser estatizada; entenda
   23 de junho de 2023   │     20:04  │  2

A Novonor (antiga Odebrecht), atual controladora da Braskem quer sair do negócio e recebeu, nos últimos meses, ao menos três diferentes propostas consistentes para aquisição de sua participação na companhia (JHC, Adnoc e Unipar).

Mas não será da empresa, decisão final. De fato quem pode exercer esse direito,  sobre a transferência do controle acionário, será Petrobras.

Isso porque a Novonor tem 38,3% da ações totais e 50,1% das ações ordinárias, enquanto a Petrobrás tem 36,1% das ações totais e 47,0% das ações ordinárias da Braskem.  E mais: a estatal brasileira de petróleo tem a preferência de compra do controle da petroquímica e pode exercê-lo.

A possível “estatização” da Braskem, que tem um passivo ainda não calculado com o Estado de Alagoas, prefeitura de Maceió e vítimas do crime ambiental provocado pela mineração de sal-gema, será deicida pelo presidente Lulaa.

O presidente da Petrobras já admitiu, em diferentes momentos, que discute “internamente” a possibilidade de assumir o controle acionário da Braskem – o que significa, na prática, na sua estatização.

A decisão não ser, não entanto, “solitária” para a Petrobras. O BNDES atuará em conjunto com a estatal no caso, disse nessa quinta-feira (22/6) o presidente da instituição de fomento, Aloizio Mercadante.

“BNDES e Petrobras estão juntos na questão da Braskem”, afirmou Mercadante, acrescentando em entrevista coletiva ao lado do presidente da petroleira, Jean Paul Prates, que “quem tomará uma decisão sobre o assunto será o presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.

E porque o BNDES entra no negócio? O banco é credor da Novonor. Dos R$ 14,5 bilhões de dívidas garantidas pela Braskem, BNDES e BB têm R$ 6 bilhões. Os maiores credores são Bradesco, Itaú e Santander.

Na prática, a dívida com bancos públicos, se convertida em ações, tornaria a Braskem numa empresa com maioria de capital estatal. A venda do controle da Novonor, a que parece, será mais complexa, porque também envolve bancos privados que querem receber parte da dívida se a negociação for concretizada.

Como a decisão final caberá ao presidente Lula será ele, ao fim e ao cabo, quem decidirá o destino da empresa. E claro, como será feito o pagamento do passivo a Alagoas e aos alagoanos. Mas essa é outra história.

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COMENTÁRIOS
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  1. Lourdes Moura

    A Braskem deixou um rastro de sofrimento nos moradores dos bairros atingidos aqui em Maceió , pagou uma indenização e danos morais umilhante , pagou aos donos das casas e estabelecimento comerciais o que eles queriam , foi uma umilhante os valores pagos…hoje estamos sofrendo com problemas emocionais , depressão , muitos ainda não receberam e os que receberam estão insatisfeitos com os valores que não condizem com os imóveis….

  2. Roosevelt

    Esse jornalista quer por que quer que a Braskem se torne uma Estatal pura e assim continuam mamando nas tetas do governo.

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