Renan Filho: “uma honra o partido indicar meu nome, mas vamos aguardar o presidente”
   13 de dezembro de 2022   │     17:46  │  0

A indicação do nome de Renan Filho para o ministério do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) torna real a possibilidade do ex-governador de Alagoas e senador eleito virar, de fato, ministro a partir de janeiro do próximo ano.

Nesta terça-feira (13/12), o MDB nacional indicou os nomes de Renan Filho e da senadora Simone Tebet (MDB-MS) para a comissão de transição do futuro governo. Ela assumiria o Ministério de Desenvolvimento Social e Renan Filho é cotado para assumir o Ministério das Minas e Energia, podendo ainda assumir Ministério da Integração ou Cidades.

“Para mim é uma honra o partido pensar no meu nome e espero poder colaborar, mas vamos aguardar a decisão do presidente”, aponta Renan Filho. O senador eleito avalia que o momento é de de ter tranquilidade: “vamos ter calma”, pondera.

Bem relacionado com o presidente Lula, Renan Filho pode ajudar a reforçar um modelo de gestão que será colocado em prática pelo futuro presidente a partir de janeiro. Diferente dos governos anteriores, quando priorizou quadros do PT, Lula parece disposto a levar para Brasília a experiência exitosa de ex-governadores, especialmente do Nordeste. As escolhas de Flávio Dino (Maranhão) e Rui Costa (BA) seriam precedentes para reforçar a indicação de Renan Filho, que assim como eles fez um governo bem avaliado em Alagoas.

A favor de Renan Filho, a comissão de transição do governo federal passou a usar dois programas de Alagoas – o Cria e o Cartão Escola 10 – como modelos para programas nacionais.

“Os programas estaduais serem alçados a programas nacionais é um algo muito importante. Há muito tempo que Alagoas não vive isso, que a gente não é utilizado como modelo no país. A pergunta no passado era outra. As pessoas queriam saber porque as coisas que acontecem nos outros cantos e não acontecem aqui”, aponta Renan Filho.

O senador eleito lembra que o o Cria e o Escola 10 foram fundamentais no processo eleitoral: “teve candidato que entrou na justiça para acabar o programa e quando isso veio a publico ele negou”, diz acrescentando que os programas “foram centrais no debate pelos benefícios ao cidadão. O Escola 10, por exemplo, foi exitoso do ponto de vista social, do ponto de vista técnico, porque trouxe o maior número de matrículas no pós pandemia de todos os Estados brasileiros, e foi fundamental do ponto de vista político”, reforça.

Peso

Sobre o MME, Renan Filho ressalta que é um ministério muito forte. “O setor, ao lado da agricultura, é um dos motores da economia nacional. No âmbito local se comunica com as principais vertentes do desenvolvimento do Estado, a exploração do gás que está em crescimento com a chegada da Origem (privatização da Petrobras), possibilidade de usinas termelétricas chegarem ao Estado no próximo ano, o setor sucroenergético que também é vinculado ao ministério, a questão da mineração (Vale Verde) e a questão da Braskem são questões que passam pela MME ”, aponta.

Mas seja qual for a Pasta, umm ministério, avalia Renan Filho, ajuda inserir o Estado na retomada do desenvolvimento no país. “Alagoas é muito forte congressualmente. Tem o Arthur Lira, tem o Renan Calheiros, mas é importante a presença no executivo também”, avalia.