A renúncia de Eduardo Tavares à candidatura a governador pelo PSDB criou um problema inusitado para os tucanos de Alagoas. O partido que tinha, até abril deste ano, pelo menos três fortes pretendentes ao cargo e era cobiçado para fechar aliança com outras legendas corre agora o risco de não ter candidatos e nem de participar da coligação de chapas majoritárias.

Encerrada no começo da tarde desta sexta-feira, 25, a reunião de emergência da executiva estadual do PSDB de Alagoas não encontrou uma solução para a renúncia de Eduardo Tavares. O partido tem, a contar de hoje, dez dias para substituir o candidato a governador,  mas não tem nomes.

A escolha “natural”, segundo alguns tucanos, seria a de Gilvan Barros, candidato a vice-governador. “Essa é uma opção, mas no momento não existe nada definido”, disse, antes do encontro Álvaro Machado, secretário do Gabinete Civil e membro da Executiva do PSDB de Alagoas.

 O encontro da executiva, realizado hoje, contou com a presença do governador Teotonio Vilela Filho, do prefeito de mercado, Rui Palmeira, do prefeito de Palmeira dos Índios, James Ribeiro, do presidente da AMA e prefeito de Pão de Açúcar, Jorge Dantas e dos deputados estaduais Joãozinho Pereira e Val Gaia, entre outros dirigentes.

O que se decidiu, na prática, foi adiar a decisão para a próxima semana. “A executiva decidiu manter o esforço nas eleições proporcionais e na campanha do candidato a presidente, Aécio Neves. Fora disso, o esforço é pela unidade partidária. A decisão sobre um se será ou não apresentado um substituto para Eduardo Tavares será tomada mais adiante, até porque existe tempo para isso”, explicou uma assessora de imprensa do governador.

Pelo que apurei alguns setores do partido defendem que não seja apresentado nenhum nome. “Se o partido não tiver candidato ao governo, seremos liberados para apoiar com maior tranquilidade outros candidatos”, disse dirigente tucano. A maioria dos 17 prefeitos do PSDB em Alagoas apoia Renan Filho, do PMDB, ou Benedito de Lira, do PP. Apenas dois prefeitos do partido não tinha declarado publicamente votos nestes candidatos.  A situação é praticamente a mesma entre deputados estaduais e vereadores tucanos.

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