Sem tiros, sem confronto: governo quer vencer greve da PC no diálogo
   29 de abril de 2016   │     10:54  │  1

O Palácio dos Palmares decidiu persistir no apelo ao bom-senso e no convite para o diálogo, no enfrentamento com os grevistas da Polícia Civil.

Como se trata de servidores públicos legalmente armados, a ordem do governo é evitar qualquer ato que possa resultar em confronto. Não é para menos. Cumprir uma ordem de desocupação do Porto de Maceió com a Polícia Militar poderia não terminar bem. Basta um tiro para cima e a confusão estaria armada.

Renan Filho passou a acompanhar pessoalmente os desdobramentos do movimento orientou seus assessores a enfrentar a “guerra” nos meios de comunicação e nas redes sociais.

Em nota, o governo classificou a proposta da categoria, que pede reajuste de 172,68%, de impraticável, “sobretudo em uma situação de crise aguda que afeta toda a economia”.

A “ofensiva” do governo nessa quinta-feira, 29, produziu algum resultado. Pela primeira vez os policiais civis recuaram no movimento, liberando a entrada de caminhões de combustíveis no Porto de Maceió.

Greve deixa trabalhadores “com fome”

A ocupação, no entanto, ainda causa prejuízos, não só a administração do Porto, que perde faturamento de mais de  US$ 100 mil por dia, mas também para os trabalhadores que atuam no local.

O presidente do Sindicato dos Estivadores de Alagoas, João Epifânio, disse em sites locais que que os trabalhadores portuários só recebem quando trabalham: “somos a única categoria do Brasil que age dessa forma. Logo, com esse tempo sem trabalhar, os pais de família voltam para casa sem dinheiro para dar o que comer a família”, desabafa.

Segundo os sindicalistas ligados são mais de 500 trabalhadores nessa situação

Policiais mudam proposta

O Sindpol/AL fez texto sobre a liberação da entrada de caminhões de combustíveis no porto e informa que a categoria decidiu mudar a proposta. Agora a reivindicação é de um piso salarial de R$ 5,5 mil .

Veja o texto, na íntegra, aqui: http://www.sindpol-al.com.br/2016/04/policiais-civis-decidem-permanecer-porto-e-liberar-entrada-de-caminhoes-de-combustivel/

COMENTÁRIOS
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  1. carlos ferro

    Caro Edvaldo!
    A situação dos servidores públicos estaduais é de miserabilidade,salários altamente defasados.Existe entre os servidores um verdadeiro balaio de gatos salariais,servidores de nível superior na mesma secretaria com salários diferentes(médicos ganham mais que o restantes dos servidores de nível superior).Um servidor da saúde nível superior 40 horas final de carreira recebe 4.000,00.Uma miséria.O governo só resolverá essas distorções com um plano de cargos.Como explicar no executivo servidores de nível superior com tantas distorções?Os salários variam de R$:2.000,00 a 23.000,00.

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