Senador aposta em projeto que pode salvar vidas e poupar recursos públicos em AL
   20 de julho de 2023   │     9:53  │  1

A tragédia se repete a cada cheia. Desabrigados, perdas de vida e muito, muito, muito, recurso público que sai pelo ralo.

Somente na enchente de 2010, o governo federal destinou mais de R$ 1 bilhão atender as vítimas da cheia nas regiões cortadas por rios, a exemplo do Mundaú, Canhoto e Paraíba. O problema é comum a Alagoas e Pernambuco.

Desde então, foram registradas outros desastres que atingiram cidades como União dos Palmares, Atalaia, Viçosa e Murici.

Para tentar dar um ponto final no ciclo de tragédias, que afeta diretamente milhares de pessoas nessas cidades e a economia de todo o Estado, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) passou a apostar num projeto que pode ao mesmo tempo poupar recursos e salvar vidas.

O senador tirou da “gaveta”, literalmente, um programa do governo de Alagoas que prevê a construção de 8 barragens nas bacias dos rios Mundaú, Paraíba e Canhoto. São barragens de mitigação de cheias, mas que poderão ter outros usos.

Elas seriam construídas nas bacias mais castigadas pelas cheias que, periodicamente, atingem as cidades de Quebrangulo, Paulo Jacinto, Viçosa, Capela, Atalaia, Cajueiro, Santana do Mundaú, São José da Lage, União dos Palmares, Murici e Rio Largo.

Além das barragens para contenção das cheias, estão previstos nestes municípios diques de proteção, parques fluviais e contenção de margens.

Na semana passada (veja abaixo), o senador conseguiu do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o compromisso de incluir as barragens no PAC 3, que será lançado no próximo dia 28.

Responsável pela viabilização de grandes obras hídricas em Alagoas, a exemplo do Canal do Sertão e de várias adutoras, Renan Calheiros está convencido de que as barragens poderão não só evitar dramas humanos, mas também poupar os gastos desnecessário de recursos públicos no futuro.

O investimento que deve ser incluído no PAC 3, de R$ 500 milhões para a construção das primeiras barragens, é metade do valor nominal que foi destinado pelo governo Lula em 2010 para Alagoas lidar com o drama da enchente, de R$ 1 bilhão. Se considerada a inflação, o valor hoje seria de mais de R$ 2 bilhões. Somados os gastos desde então, com reconstrução de estradas, pontes ou atendimentos às vítimas de outras cheias, foram mais e R$ 3 bilhões. E o pior, o problema continua.

“As barragens surgem como alternativa para resolver de vez o problema. Depois de prontas, elas evitarão novas enchentes, poupando recursos e dando mais segurança as pessoas que vivem nessas regiões”, aponta o senador.

Na prática

Depois da iniciativa do senador, o secretário de Infraestrutura de Alagoas , Rui Palmeira, á teve algumas reuniões para atualizar os projetos de construção das barragens que serão apresentados nos próximos dias ao governo federal. Nessa quarta-feira (19/7) ele tratou dos projetos com o engenheiro Wellington Lou, que fez os projetos, e com outros técnicos da Seinfra.

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COMENTÁRIOS
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  1. Aurélio

    Ninguém em sã consciência é contra os projetos citados na informação, contudo como medida inicial faz-se necessário cumprir o que dispõe a Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9433/97, que aponta o comitê de bacia hidrográfica como a base do sistema de gerenciamento dos recursos hídricos. A partir da criação do comitê de bacia federal, haja vista que são rios de domínio da União, dá-se início às etapas subsequentes, e aí sim as obras de engenharia entram com papel relevante. Infelizmente há anos esse comitê está para ser criado e a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico fica protelando com evasivas e desculpas esfarrapadas.

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