“União” de rivais na política de Alagoas pode ajudar economia de todos os Estados do Brasil
   21 de fevereiro de 2023   │     21:43  │  4

O secretário da Fazenda de Alagoas, George Santoro, encontrou uma alternativa que pode ajudar – e muito – a recompor o caixa de Estados e municípios que sofrem perdas na arrecadação de ICMS desde junho de 2022, quando entrou em vigor a Lei Complementar (LC) 194/2022.

A nova legislação considera os combustíveis, o gás natural, a energia elétrica, as comunicações e o transporte como bens e serviços essenciais para arrecadação do Estado. O impacto da mudança chega a quase R$ 100 milhões que deixam de ser arrecadados todos os meses em Alagoas, com reflexos negativos no financiamento de setores como Educação e Saúde.

A mudança na regra de cobrança do ICMS no “calor” da campanha eleitoral de 2022, motivou acusações entre tradicionais rivais na política alagoana. Para integrantes do grupo do ex-governador Renan Filho, a ação que teria sido “patrocinada” por Arthur Lira foi “eleitoreira”, com o objetivo de beneficiar o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

No caso de Alagoas, a lei beneficiou o consumidor, mas prejudicou. Na prática, a Lei limitou a alíquota do ICMS desses segmentos no Estado. Antes variava de 25% a 29% e hoje está em 17%. Além disso, houve mudanças na base de cálculo da gasolina. A cobrança passou a ser feita sobre o valor médio dos últimos 5 anos.

Somadas, as medidas impactaram negativamente os cofres do governo de Alagoas. E também de todos os outros Estados e municípios. Somente em Alagoas, segundo estimativas da Secretaria de Fazenda, as perdas somaram mais de R$ 400 milhões em 2022

Representando o governo de Alagoas, George Santoro discute com o STF e o governo federal medidas compensatórias, entre elas o alongamento da dívida. Seria um “paliativo”. Para resolver mesmo, o secretário George Santoro avalia que só será possível se houver mudança na cobrança do ICMS.

E ele encontrou, digamos, uma “brecha” na PEC 123. A Emenda Constitucional determina que o governo deve  “manter regime fiscal favorecido para os biocombustíveis destinados ao consumo final”.

A medida, segundo Santoro, poderia ser aplicada a partir da retirada do “carimbo de essencial” da gasolina. Isso permitiria que a alíquota do combustível subisse para um teto, a partir de entendimento com o STF, de 25%, aliviando o caixa de Alagoas e de todos os outros Estados. Todos.

A adoção dessa medida, no entanto, só será possível se “rivais” na política de Alagoas se unirem em torno do mesmo objetivo. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi um dos principais defensores da LC 194/2022 e da PEC 123.

Como Arthur Lira, também é , ao mesmo tempo, um grande defensor do etanol, combustível de matriz mais limpa, muito importante para a economia de Alagoas, pode estar aí o caminho para “unir”, ainda que momentaneamente, os grupos rivais..

A “união” dos grupos de Lira e do governo de Alagoas em defesa do etanol pode ser a saída para diminuir as perdas de arrecadação dos Estados e municípios.

Compensação

Alagoas agora está propondo novas alternativas para aceitar a condição apresentada pelo Governo Federal, no debate sobre a compensação dos prejuízos causados pela redução do ICMS para os estados em função de mudanças na tributação dos combustíveis e energia.

De acordo com o secretário da fazenda, George Santoro, Alagoas defende o alongamento da dívida do Estado. Outra proposta é que a gasolina deixe de ser considera como item “essencial” para efeito de cobrança do ICMS. Essa medida poderia recuperar a competitividade dos biocombustíveis, especialmente do etanol.

Santoro lembra que a indústria do etanol é muito importante para a economia alagoana. “Tem que ver o que a gente quer para Alagoas. Eu quero preservar emprego, aumentar possibilidade de renda. Essa proposta que está na mesa é boa para Alagoas”, defende.

 

COMENTÁRIOS
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  1. Valfran dos Santos Lima

    Bom dia meu caro repórter, o governo de alagoas, falou para emprensa que iria pagar o piso de 15% aos pessoal da educação nível médio, pois bem nesta quinta feira o mesmo depositou na conta de alquns funcionários nível médio e a maoiria não recebeu, agora eu pergunto os outros funcionários, aponsentado e pensionista da educação nível médio não tem barriga, pois isso que eu sempre digo políticos tudo calça quarenta, este governo é uma homem sem palavra, já que arrecadação caiu ele deveria deminiur os secretário pois pra que 27 secretária fora os cargo comissionado isto é uma vergonha, fica aqui o meu protesto cade o sindicato.

  2. nivaldo

    O duodécimo para os poderes todo ano é ajustado sem problema, mas para lascar os pequenos é só aumentar os impostos e tá tudo bem, corte mordomias governador ,congele o duodécimo dos poderes e tirem os parasitas da folha do estado .

  3. Josiklay Farias

    A saída mais coerente seria o estado cortar gastos e privilégios de políticos, e não cobrar dos menos favorecidos, infelizmente ainda tem pessoas com alguns da imprensa que cobre de elogios propostas como está. Não sei de que lado estão, na verdade sei, porém, não podemos nos manifestar e todos sabem porque

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