Usinas enfrentam perdas acima de 20%por conta da seca
   15 de novembro de 2012   │     20:56  │  1

A safra de cana-de-açúcar 2012/2013 entra pelo terceiro mês em Alagoas com resultados bem abaixo dos esperados. A seca agravou um cenário que já era preocupante e como resultado deveremos ter, neste ciclo, uma queda de produção agrícola acima de 15%. Para piorar os preços do etanol e do açúcar estão caindo cerca de 5% se comparados a agosto.

Cada tonelada de cana que Alagoas deixa de processar significa, a preço de hoje, que de R$ 120 a R$ 150 deixam de circular em Alagoas. É menos dinheiro irrigando a nossa economia. A redução de produção, se ficar na casa dos 15% representa cerca de 4 milhões de toneladas de cana.

Pode somar. É algo entre 480 e 600 milhões de reais a menos na economia de Alagoas, com repercussão em todos os setores. Todos mesmo, incluindo o setor público. Resta torcer, agora, que a chuva volte aos níveis normais. Do contrário, e disso prá pior.

Sobre esse assunto reproduzo texto divulgado pelo Sindaçúcar-AL:

Usinas têm redução na quantidade de cana beneficiada em -22,3%

Como reflexo da estiagem no Estado, as usinas alagoanas anunciaram que foram beneficiadas nos dois primeiros meses da safra 12/13 pouco mais de 5 milhões de toneladas de cana. Em comparação a igual período do ciclo passado, quando foram processadas 7 milhões de toneladas, houve uma variação negativa superior a – 22%.

No período de setembro a outubro, foram produzidas pelas unidades produtoras alagoanas 470 mil toneladas de açúcar e 93.916 milhões de litros de etanol. Os números apresentados representam uma redução em comparação a safra 11/12 de, respectivamente, -17,54% e de -31%.

De acordo com planilha apresentada pelas unidades, as variação negativas, no que se refere a quantidade de cana esmagada, oscilam entre – 4% até -55%.

Apesar do quadro de quebra de safra, oito das 24 usinas do Estado apresentaram crescimento na quantidade de cana beneficiada em relação ao mesmo período da safra passada.

Segundo levantamento apresentado pelo Sindaçúcar-AL, a de maior destaque foi a Pindorama com 26,4%, sendo seguida pela Capricho que registrou um crescimento de 10% ante o ciclo 11/12 esmagando nos dois primeiros meses desta safra 116.121 mil toneladas de cana. Na terceira colação está a Serra Grande com crescimento de 9,6%.

Segundo previsão dos sindicatos da indústria canavieira no Nordeste, a região deve registrar na safra 12/13 uma quebra de safra entre 15% a 20%. A redução, segundo os representantes do setor sucroenergético nordestino, que estiveram reunidos semana passada, em Recife, será causada pela escassez de chuvas na região canavieira.

No Nordeste, o setor gera 300 mil empregos diretos, sendo 100 mil só em Alagoas, onde é responsável por 10% do PIB estadual.

Entrando no terceiro mês de safra, o Estado tem em operação apenas 22 das 24 unidades produtoras. A Laginha e a Guaxuma ainda não entraram em funcionamento neste ciclo.

COMENTÁRIOS
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  1. S.A.MENDONÇA

    ESSES USINEIROS, SÃO OS VERDADEIROS PARASITAS DO ESTADO DE ALAGOAS.NÃO EXISTE OUTRA CATEGORIA PARA ATRASAR TANTO O DESENVOLVIMENTO DO NOSSO ESTADO.
    QUANTO A QUESTÃO S.E.C.A ISSO NÃO EXISTE DANOS NA CANA DE AÇÚCAR HAJA VISTA QUE O TEMPO DIARIAMENTE NA ZONA DA MATA ESTÁ NUBLADO E COM PANCADAS DE CHUVAS.ACREDITAMOS E TODO O NOSSO POVO, OS FAMIGERADOS USINEIROS SÃO E CONTINUARÁ POR MUITOS ANOS A ATRASAR O DESENVOLVIMENTO DE ALAGOAS,ATÉ QUANDO SÓ DEUS SABERÁ.

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