Venda de bens da Laginha deve render R$ 400 milhões e garantir pagamento de dívidas trabalhistas
   24 de agosto de 2016   │     12:38  │  7

 

O processo de falência do Grupo João Lyra entra em nova fase. Com a venda de duas usinas da massa falida da Laginha Agorindustrial S/A, marcado para o dia 15 de setembro, a Justiça deve determinar o pagamento das indenizações de trabalhadores e aposentados que estão sem receber desde que o processo de falência foi decretado no começo de 2013.

De acordo com a avaliação das usinas a expectativa de arrecadação com a venda das unidades Trialcool e Vale do Paranaíba, ambas localizadas em Minas Gerais, será de aproximadamente de R$ 400 milhões.

O valor que a Comar de Coruripe espera arrecada é bem superior ao total de débitos trabalhistas do grupo – cerca de R$ 130 milhões, em valores de 2012.  Com a “sobra” dos recursos, a Justiça deve determinar em seguida os outros credores.

De acordo com a lei de Falências, ao receber os recursos da venda das usinas, a Massa Falida é obrigada a pagar prioritariamente os trabalhadores acidentados, os aposentados e demais trabalhadores, obedecendo à ordem de pagamento estabelecida em lei – em seguida os demais credores.

A audiência de entrega e abertura das propostas, conduzida pelo juiz Kleber Borba Rocha, como antecipei aqui (http://wp.me/p6TEFy-3xn) será no próximo dia 15 de setembro às 09h, na 1ª Vara da Comarca de Coruripe.

Novos rumo

A Massa Falida, ao que parece, toma novos rumos, na administração judicial de João Daniel Fernandes – que atuou em outros processos de falência e recuperação judicial – e do gestor judicial Luiz Henrique da Silva Cunha. Os dois conseguiram marcar o leilão de máquinas e veículos considerados inservíveis, que estavam parados sob o desgaste do tempo e o leilão para a venda de duas usinas do grupo em Minas Gerais, a Vale do Paranaíba e a Triálcool, marcado para o dia 15 de setembro.

Outro ponto positivo considerado no processo de falência foi o arrendamento da Usina Uruba. Além de preservar um patrimônio que estava parado, foram devolvidos empregos, gerando renda para a região de Atalaia.

Outra unidade que se prepara para o mesmo processo de arrendamento, ainda este mês, é a usina Guaxuma, a maior do grupo.

Segundo o administrador e o gestor judicial, o papel do Tribunal de Justiça de Alagoas deve ser ressaltado, porque permitiu que a estrutura do processo seguisse com celeridade e estabilidade.

Se tudo der certo no próximo dia 15, milhares de trabalhadores vão se livrar do “fantasma” do calote.

COMENTÁRIOS
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  1. Ex Colaborador 3

    Infelizmente já tem um embargo sobre o processo. OS bancos entraram com um pedido de embargo, e claro que os advogados do João Lyra também.Para os bancos isso é ótimo, pois quanto mais tempo esse problema for resolvido, maior será o valor de juros. Dia 15 irá ter as aberturas das cartas de proposta, mas não irá vingar. Há não ser que os embargos não sejam válidos e o Juiz não acate. Isso mostrar que a Justiça não é pobre.

  2. Ex colaborador

    Edvaldo espero que isso termine logo. E que o JL não entre com recurso. Dívidas antigas. E nosso dinheiro parado. Nossas dívidas vem com juros mas nosso dinheiro não. Injusto.

  3. Flávio

    Bom trabalho Edvaldo.
    Fique sabendo que a Massa te segue constantemente para ficar por dentro de todas as novidades.

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