É do Ministério Público de Contas ou de “livre” indicação do governador? Até mesmo Renan Filho está na dúvida.
O governador foi procurado sim por vários deputados, incluindo o líder do governo, Ronaldo Medeiros, e o presidente da Assembleia Legislativa que asseguraram que a vez de indicar o conselheiro para a vaga aberta com a aposentadoria de Luiz Eustáquio Toledo é do Palácio dos Palmares e não do MP de Contas.
As sete vagas de conselheiro do Tribunal de Contas são preenchidas na base do rodízio e são indicadas, conforme a legislação, pelo Legislativo (4 vagas), Executivo (1 vaga), MP de Contas (1 vaga) e auditores do TC (1 vaga).
O presidente da Assembleia Legislativa, Luiz Dantas, está convencido de que a vaga aberta (reivindicada pelo MP de Contas), é de indicação do governador do Estado.
Para não deixar dúvidas, o Legislativo está encomendando parecer de juristas renomados.
E o governador, o que diz disso? Nada por enquanto. Influente servidor do Palácio dos Palmares avisa que Renan Filho encomendou um estudo e está pronto para fazer a nomeação, seja ela do MP de Contas ou dele.
“Esse assunto ainda está cerca de dúvidas. O governo não tomará nenhuma iniciativa enquanto não houver clareza”, pondera o servidor.
Se for indicação do MP de Contas, a questão se resolverá logo.
Se for de “livre” indicação de Renan Filho, o cenário é outro. Nos últimos dias tem muita gente falando que o deputado Olavo Calheiros, tio e conselheiro do governador, seria o “nome ideal” para a vaga.
Seria? Olavo não tem demonstrado nenhuma evidência de que queira a vaga – ao menos publicamente. Mas independente do nome a ser escolhido, o governador terá um “trunfo” nas mãos. Indicar um conselheiro pode ajudar a aumentar ainda mais a força política da família Calheiros e do PMDB em Alagoas.