O PP bateu martelo numa composição que já vinha sendo “cantada” pelo blog: o partido vai PSDB em Maceió.
Biu de Lira bateu martelo na aliança com os tucanos numa reunião, ontem, com o presidente do PSDB na capital, Marco Fireman e com o pré-candidato do partido a prefeitura de Maceió. Pelo acordo, o PP indica o vice de Rui Palmeira. O senador vai apresentar o nome hoje.
Alguém aí arrisca um palpite? Quem “chutar” Marcelo Palmeira tem boas chances.
Com o PP, Rui engorda em quase dois minutos seu tempo na propaganda eleitoral gratuita, garantindo mais de sete minutos por programa.
Em Arapiraca a história deve se repetir
O senador Benedito de Lira está cada vez mais alinhado com Téo Vilela. Onde o PP não tem candidato, parece que orientação é mesmo a de coligar com o PSDB. É isso que deve prevalecer em Arapiraca.
Tudo indica, a essa altura, que o PP vai indicar o vice de Rogério Teófilo, que pode ser o empresário Ricardo Barreto. Essa ao menos é a opinião de um importante assessor de Téo Vilela.
Trânsito livre, bem relacionado, Barreto tem conversado com todos os grupos de Arapiraca. Mas ele próprio já disse que a decisão final será do senador Benedito de Lira.
O presidente do PSOL em Maceió, Alexandre Fleming, é pré-candidato do partido a prefeitura de Maceió. O nome do seu vice, no entanto só deve ser definido amanhã, ou no próprio sábado.
Certo por enquanto só mesmo a coligação com o PSTU. O partido entra na coligação com um candidato a vereador.
A chapa deve reunir outros partidos de esquerda. É o caso do PCB. O “partidão” já sinalizou com o apoio, mas falta bater o martelo. Fleming também sinaliza com a possibilidade do apoio de outros partidos, também da esquerda, mas faz mistério: “estamos conversando”.
O discurso do PSOL será, claro, de oposição. “Vamos focar a campanha em Maceió, com uma visão crítica da administração do atual prefeito, a quem sempre fizemos oposição. Mas nosso principal objetivo será apresentar propostas reais, que possam ajudar na construção de um futuro melhor para nossa cidade”, diz.
A noite será longa hoje para muitos líderes políticos. Na última hora, ainda tem gente correndo para tentar alternativas. Mas o fato é que o processo começou a afunilar rapidamente em função do calendário eleitoral.
Os partidos só têm até o próximo sábado para fazer as convenções que vão escolher os candidatos.
O PTdoB decidiu sair sozinho com Rosinha. O PRB, acaba de me confirmar Euclydes Mello, também sairá em chapa puro sangue.
“Galba mantém a pré-candidatura e nós já estamos tratando da escolha do vice. Temos pelo menos cinco nomes do partido que estão no páreo”, avisa.
Mas que ninguém se engane. Mesmo depois das convenções que serão realizadas, praticamente todas no sábado, em Maceió, ainda tem “jogo”. A data limite para entregar as atas no TRE é o dia 5 de julho. Até lá, é possível mudar de “opinião”.
Deputada federal, ex-vereadora de Maceió, Rosinha da Adefal é o “fato novo” das eleições municipais deste ano. Pelo menos é nisso que acredita o presidente estadual do seu partido, o PTdoB, em Alagoas, Marco Toledo.
“Ela está bem nas pesquisas e pode ser a grande surpresa das eleições. Rosinha tem a menor rejeição entre os candidatos e tem uma das maiores preferências. Uma campanha bem feita pode garantir o segundo turno”, avalia.
Fazer a campanha, reconhece Toledo, não será fácil. “Rosinha vai sair em chapa puro sangue. Nosso vice já está escolhido, é o médico Kléber Fortes. Ainda podemos receber o apoio de algum partido, mas esse quadro não vai mudar”, assegura.
Como viabilizar a campanha? Toledo se reuniu hoje a tarde, em Brasília, com o presidente nacional do PTdoB, o deputado Federal Luiz Tibé, de Minas Gerais, que “assegurou a infraestrutura mínima para a campanha. Vamos percorrer as ruas, fazer uma boa participação no guia eleitoral e buscar a vitória”, adianta.
E como fica a relação como “chapão”? Toledo comunicou a decisão de sair com chapa própria a Renan Calheiros, do PMDB, e garante que a relação continua boa: “disse que não poderíamos perder essa oportunidade e ele compreendeu”.
Téo Vilela passou os últimos 29 dias – encerrados ontem – almoçando, jantando, tomando café da manhã e dormindo com a segurança.
Ele próprio me confessou em diferentes ocasiões: “agora estou focado na questão da segurança. É uma prioridade da sociedade”.
Seca? Aftosa? Saúde? Educação? “Só depois do lançamento do plano”. Minha última conversa como governador foi segunda-feira, na Gazeta. Lá estava ele trabalhando para convencer jornalistas, radialistas e diretores da empresa que o Brasil Mais Seguro é necessário, dará certo, etc e tal.
Ainda assim, ao me despedir, pedi que ele falasse algo sobre o estaleiro – a noticia de que o Ibama tinha negado a licença ambiental acabara de sair. “Só depois do lançamento do plano”,repetiu.
“Queria saber apenas se o senhor vai aceitar essa decisão e desistir do estaleiro”, insisti. “Esse é apenas mais um obstáculo. Assim que lançar o plano vou me dedicar a essa questão”, desconversou.
O fato é que, lançado o plano, Téo Vilela deve se reunir hoje com Luiz Otávio Gomes e outros secretários e reforçar o que já se sabe até agora: o governo e o grupo Synergy vão tentar reverter o veto do Ibama.
Mas não é só do estaleiro que o governador terá de cuidar emergencialmente. Mais grave é a situação da seca no sertão de Alagoas.
A ajuda prometida pelo governo há mais de um mês não chegou até agora. Até mesmo o bagaço de cana que ajudaria a alimentar os animais , a maioria pertencente a agricultores familiares, ainda não foi liberado. O governo prometeu comprar 6,6 mil toneladas, a um custo de R$ 330 mil, o suficiente para alimentar 240 mil cabeças de gado por dois meses. Já vai mais de um mês e só hoje é que esse bagaço deve começar a ser liberado.
O desespero começa a tomar conta da região. Alguns produtores estão “dando” os animais. É melhor isso do que vê-los morrer de fome.
A redução na produção de leite chega a 25% no Estado, o que equivale a uma perda diária de 150 mil litros ou cerca de R$ 135 mil diários (mais de R$ 4 milhões) que deixam de circulam na região mais pobre do Estado.
Hoje quando o governador retomar a agenda de trabalho “normal”, é bom que seus assessores lembrem que mais de 20 mil produtores de leite, estão a beira do desespero. E que o nosso rebanho leiteiro, formado por mais de 200 mil vacas, de alto padrão genético, está ameaçado de ser vendido a qualquer preço ou a morrer de fome.
