Em “fato relevante”, a Braskem confirmou que a Novonor (ex-Odebrecht), que controla 38,3% do capital social da companhia, recebeu oferta da petroquímica Adnoc, no valor de R$ 10,5 bilhões. O valor ofertado por ação é de R$ 37,29 segundo o comunicado.
A nova proposta da Adonc é diferente, informa o InfoMoney, da primeira oferta – na ocasião em parceria com o fundo Apollo: “desta vez a estatal dos Emirados Árabes manifestou à Petrobras que deseja que a estatal permaneça como acionista, formando assim uma aliança que tem potencial para ser o primeiro passo para que a Braskem avance no mercado internacional”.
A oferta, apresentada para a Novonor e para os bancos credores e comunicada à Petrobras, prevê o pagamento de metade dos recursos à vista. O restante deve ser pago por meio da emissão de uma note de sete anos, em dólares, com juro de 7,25% ao ano
Se oferta for aceita, a Adnoc iniciará um processo de “due diligence” na Braskem. O passo seguihte será a proposta vinculante, em que as partes firmam o compromisso de compra e venda da companhia.
No fato relevante, a Braskem alerta que a proposta ainda está condicionada a “apuração de eventuais passivos adicionais derivados do evento de Alagoas; inexistência de passivos contingentes materiais não contabilizados ou não informados”.
Entre eventuais adicionais do “evento Alagoas”, está um acordo em andamento com o governo do Estado e com as vítimas. A companhia não apresentou até agora nenhuma proposta. Em julho deste ano, a Braskem fechou acordo com a prefeitura de Maceió, no valor de R$ 1,7 bilhão.
Outro problema para a venda da participação da Novonor é a CPI da Braskem no Senado, que poderá investigar os acordos já realizados com a prefeitura e as vítimas, os danos socioambientais e as perdas provocadas pela companhia ao este de Alagoas.
Veja aqui o fato relevante da Braskem: FATO RELEVANTE
Fique por dentro: Adnoc entrega proposta não vinculante pelo controle da Braskem no valor de R$ 10,5 bi
