O resultado frustrou não só a Secretaria da Fazenda, mas deve também forçar o governo de Alagoas a aprofundar os cortes de despesas no começo de 2016. Isso porque a expectativa oficial da Secretaria da Fazenda é que o primeiro trimestre do próximo ano será ainda mais duro do que já foi em 2015.
Em dezembro, segundo dados “cascavilhados” pelo blog (aqui abro um parêntese para registrar que o Portal da Transparência do Estado de Alagoas está off line desde o dia 30 de dezembro – alguém aí sabe porque?) a receita de ICMS chegou a “apenas” R$ 282,3 milhões.
Apenas sim, porque se comparado com a receita de dezembro de 2014, quando foram arrecadados R$ 275,4 milhões, o crescimento nominal chega a 2,5%. A variação real, considerada a inflação, é negativa, em torno de 8%.
O secretário da Fazenda, George Santoro, não tem outra explicação para o resultado, a não ser a lógica da crise – muito plausível por sinal: “as vendas no comércio foram menores do que o esperado, impactando negativamente o desempenho da arrecadação”, pondera.
De fato. O comércio registrou, em todo o país, um dos piores resultados para o período em mais de uma década. E para complicar ainda mais, grandes lojas começaram a ser fechadas em Alagoas. E não falo apenas do Walmart. Com menor impacto e sem repercussão na imprensa, várias redes deixaram de operar no Estado, a exemplo da Casa do Cartucho e outras redes que fecharam lojas em shoppings ou no Centro de Maceió.
Logo, logo volto com o resultado o ICMS e de toda a arrecadação do Estado em 2015.
