Crise na ALE só deve ser resolvida com volta da mesa diretora
   28 de dezembro de 2013   │     16:58  │  1

Como eu tinha antecipado, a solução para a crise financeira na Assembleia Legislativa – que culminou com o atraso do pagamento do 13º dos servidores do Poder Legislativa– não será resolvida este ano.

Cavalcante, do PMDB, muito ligada a Olavo Calheiros, assumiu a presidência da Casa interinamente e se esquivou de cobrar soluções da mesa afastada. Além de manter todos os pagamentos –  incluindo gratificações –  a  deputada preferiu estimular a greve dos servidores do Legislativo.

A pressão não deu certo. Teotonio Vilela Filho se reuniu com um grupo de deputado no Palácio dos Palmares, nesta sexta-feira, e disse que até gostaria de mandar dinheiro para a ALE pagar os servidores, mas avisou que só fará isso com autorização da Justiça.

Segundo a assessores do governador, “Teotonio tentou uma alternativa, junto ao MP e ao Judiciário, para garantir pelo menos o 13º salário dos funcionários da ALE, mas a atual Mesa Diretora só aceitava se fosse incluído pagamento das verbas de gabinete e outras despesas feitas pelos deputados”.

Resta agora aos servidores esperar o retorno da mesa diretora afastada, o que acontece a partir do próximo dia 1º. O presidente Fernando Toledo vai receber apenas o duodécimo do de janeiro, que será de um doze anos do Orçamento de 2013, o que equivale a cerca de R$ 12 milhões.

Toledo poderá escolher entre pagar todas as despesas da Casa ou priorizar o pagamento dos salários. Mas não será fácil. Pela primeira vez  nos últimos anos a ALE com começa um ano com duas folhas atrasadas (13º e dezembro).

O gargalo do Orçamento

Enquanto o Orçamento 2014 não for votado pouco poderá ser feito. Todos os poderes vão trabalhar com o limite de um doze avos do ano anterior. E pronto. A ALE não poderá sequer pedir antecipação do duodécimo para pagar os atrasados de seus servidores.

Com ou sem greve, os deputados terão de dar um jeito para resolver essa crise. Do contrário, eles começarão a sentir o peso da crise – se é que ainda não estão sentido – no próprio bolso.

COMENTÁRIOS
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  1. Marcos

    A crise na ALE só será resolvida quando demitir mais de 1500 funcionários sem concurso, colocar o ponto eletrônico e fazer a auditoria de servidores que recebem como nível superior sem ter o curso superior ou fizeram correndo agora, para justificar essa malandragem.

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