A lógica do governo Dilma Rousseff é correta: vamos baixar as tarifas de energia para estimular a produção e o consumo. Até aí, tudo bem. Mas de que energia estamos falando?
Nos últimos dias foram registrados vários apagões em Brasília. Agora mesmo escrevo “á luz de velas”. Segundo o UOL estados de quatro regiões do país estão sem energia há mais de uma hora.
A Chesf confirma o apagão de “causas desconhecidas” em todos os Estados do Norte e Nordeste.
Ao propor uma redução média de 18% nas tarifas de energia (a redução varia entre consumidores residenciais, industriais e agrícolas) o governo federal deveria apresentar, no paralelo, um plano para expansão da geração e da distribuição.
É uma conta simples: preço menor da tarifa vai provocar demanda maior pela energia, especialmente por grandes consumidores. E como aumentar a demanda se o sistema não dá conta, hoje, do padrão atual de consumo.
A desoneração das tarifas de energia elétrica é realmente uma boa iniciativa para o setor produtivo e os consumidores. Desde, é claro que se tenha energia.
Numa hora dessas não custa lembrar o imbróglio que envolveu a prefeitura, a Justiça e as empresas de transportes em Maceió. Como resultado, os motoristas entraram em greve e quem terminou entrando pelo cano foram os trabalhadores e cidadãos, obrigados a andar a pé longos trajetos ou a pagar mais caro para andar nas lotações.
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/voz-do-leitor/noticia/2012/09/14/reducao-de-tarifa-na-versao-da-lei-de-gerson-56257.php