Estado pode adotar “medidas amargas” por conta da queda de receita
   25 de outubro de 2012   │     17:07  │  3

Boa notícia para as montadoras do Sudeste, o desconto do IPI – já disse e repito – afeta a arrecadação das prefeituras e Estados do Nordeste.  A desoneração ajuda a manter empregos no Centro-sul, mas ao provocar a redução no FPE e FPM causa dificuldades para o setor público de regiões mais pobres. E, como consequência, desemprego e redução da atividade econômica nas regiões mais pobres do país.

Para driblar a crise os prefeitos alagoanos estão cancelando contratos e demitindo prestadores de serviços e cargos de confiança. O governo de Alagoas já avisou que deixará de cumprir o Orçamento.

Na prática, o governo vai deixar de realizar obras e serviços que estavam programadas e fazer cortes no custeio, que é o dinheiro de manutenção da máquina pública. As secretarias terão que economizar itens que vão da diária até a impressão de documentos.

As transferências federais representam metade de tudo o que Alagoas arrecada. Com prorrogação do desconto do IPI, anunciado ontem por Dilma Rousseff, no Salão do Automóvel em São Paulo, a tendência é essas receitas continuem caindo.

E se a receita não reagir nos próximos meses, o governo pode adotar medidas “amargas” para controlar as despesas do Estado, alerta  secretário de Gestão, Alexandre Lages. “Já cortamos o que era possível. Agora, torcemos por uma reação na arrecadação. Se isso não ocorrer, teremos que adotar medidas mais drásticas”, avisa.

Os salários e o 13º por enquanto estão garantidos. O governo também deve manter alguns concursos. É do caso da área de segurança e educação. “Essas são áreas essenciais e o pessoal que está entrando vai repor vagas abertas”, justifica Lages. Fora disso não existe possibilidade de concurso em nenhuma outra área. E qualquer aumento de despesas está descartado.

Claro que tudo vai depender mesmo é do comportamento da arrecadação. Porque se a receita continuar caindo no ritmo atual, o governo pode estourar o limite da LRF. Esse isso acontecer, as consequências são imprevisíveis.

 

COMENTÁRIOS
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  1. carlos barros

    SALARIO E O DÉCIMO TEM QUE ESTAR GARANTIDO, NÃO POR ENQUANTO, MAS SEMPRE. GOVERNO TEM QUE PRIORIZAR O FUNCIONALISMO. DINHEIRO PARA PAGAMENTO DE SALARIO SEMPRE TERÁ, CORTE INVESTIMENTOS, MAS RESPEITE OS SALARIOS GOVERNADOR.

    1. Edivaldo Júnior Post author

      Carlos, embora concorde com você, é importante dizer que hoje não existe dinheiro em caixa – até onde eu sei – para o pagamento do 13o. Os técnicos do governo estão trabalhando para garantir o pagamento e devem conseguir, se a receita não sofrer nenhuma queda mais drástica.

  2. S.A.MENDONÇA

    ESSA POLITICA DE BAIXA ARRECARDAÇÃO,EM FUNÇÃO DA REDUÇÃO DO IPI PARA CARROS, TUDO PASSA APENAS COMO CONVERSA PARA BOI DORMIR,TENDO EM VISTA QUE O SETOR AUMENTOU DRÁSTICAMENTE SEU PÓDER DE VENDA,O QUE SOBREPÕE OS 7,5% A MENOS DO IMPOSTO.O QUE REALMENTE ELES QUEREM É MAIS DINHEIRO PARA OS MUNICÍPIOS,ISSO É O QUE PENSAM OS NOVOS ELEITOS EM 2012,E NA PRÁTICA AUMENTAR CADA VEZ MAIS A CORRUPÇÃO.

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