Como adiantei, ontem, a presidente Dilma Rousseff anunciou hoje a prorrogação do desconto do IPI para os automóveis. A medida ajuda a manter a economia e os empregos nos Estados do Sudeste, mas em contrapartida vai aprofundar a crise financeira vivida pelo governo estadual e as prefeituras alagoanas.
O IPI faz parte do mix dos fundos dos Municípios (FPM) e dos Estados (FPE). Ao reduzir a sua arrecadação, o governo federal também reduz o valor que das transferências constitucionais a estados e municípios.
Com essa decisão – por anotar – mais da metade das prefeituras não vai pagar o 13º salário e vão deixar os débitos para os próximos gestores. Um profissional com experiência na área de controle e auditoria arrisca um palpite: “muitos prefeitos vão deixar o mandato e se tornar inelegíveis pelos próximos anos porque não terão condições de fechar as contas”, aponta.
A “quebradeira” é inevitável, ainda mais agora que o governo decidiu prorrogar o desconto do IPI. Quem depende de pagamento de prefeituras – incluindo fornecedores e prefeituras, deve botar as barbas de molho. Os próximos meses será de vacas magras. Esqueléticas até.
As perdas até agora chegam a 30% nesse período do ano, de acordo com a secretária de Finanças de Maceió, Macilene Costa. A prefeitura já começou inclusive a cancelar contratos para fechar as contas.
Pelo menos 20% das prefeituras do Estado já demitiram parte dos cargos de confiança e metade vai terminar o ano “no vermelho”, segundo o presidente da Associação dos Municípios (AMA), Palmery Neto. “Não é má gerência. O problema principal foi a redução do FPM provocada pela desoneração de impostos e do Fundeb”.
Veja a texto sobre a prorrogação no link a seguir.
Brasil, o país dos impostos. Falta é compromisso dos prefeitos e governadors para trazer investimentos para diminuir a dependencia do gov. Federal. Outra, se um prefeito e seus vereadores gastam milhões em campanhas eleitorais é porque tem retorno, ninguém iria investir pesado sem retorno. A quebradeira citada, não é causa principal da inadimplencia dos prefeitos para com os seus funcionários. Pode anotar, com ou sem repasse financeiro, os prefeitos continuam atrasando salários. Veja por exemplo, o que está acontecendo em Maribondo-AL.
isso era tudo que os prefeitos queriam,agora eles podem roubar mais não paga os salarios dos funcionarios e por a culpa na redução do ipi !
Pode faltar dinheiro para folha de pagamento do funcionalismo, mas jamais faltará para a compra de fazendas, mansões, gado e carros de luxo!!!
Não existe “Prefeitura quebrada”. O que existe é “Prefeito Rico”.
Muito se reclama do alto valor praticado pelas montadoras no Brasil, mas se os preços fossem mais baixos…imagine só a quantidade de carros que teríamos nas ruas, como se já não bastasse o trânsito infernal nas capitais e tantas outras cidades brasileiras. Brasileiro; não todos, gosta de viver de “status”. Há uma quantidade enorme de inadimplência e, o brasileiro continua a comprar desenfreadamente carro OK, chega a ser de uma futilidade tremenda, algo que não se vê p.ex. na Europa. Não sou a favor de uma redução de IPI prolongada. Tudo bem,ok,vamos reduzir o imposto para aquecer a economia, mas e quanto aos efeitos colaterais. Caro Edivaldo, esse problema que você citou que atinge, atingirá as prefeituras é lamentável,pois se por uma parte a economia tende a aquecer no mercado automobilístico, por outro, haverá um desaquecimento das economias locais. Prefeituras exonerando seus funcionários, não pagando 13º…má situação para todos!
Esperamos uma maior conscientização das entidades políticas e de todos nós!