Decreto, presidente Dilma Rousseff, não tira leite de pedra
   28 de outubro de 2012   │     18:03  │  1

A presidente Dilma Rousseff já foi ministra das Minas e Energia e como tal foi uma das maores críticas dos apagões do governo FHC. Agora eles estão de volta e justo no seu governo.

A falta de energia em Brasília e no Brasil não faz parte de nenhum plano de sabotagem ou coisa que o valha. É na verdade reflexo de um profundo desgaste no sistema elétrico nacional, obsoleto e ineficiente.

Tão ineficiente quanto a operação de retirada do avião cargueiro no aeroporto de Viracopos, em Campinas ou quanto as medidas artificiais adotadas para baixar os juros. Todo mundo sabe que as tarifas baixaram. Mas só consegue dinheiro com tarifa baixa quem faz “mágica”.

Para liberar o empréstimo os bancos exigem mais e mais. E para piorar ainda aumentaram as tarifas. O resultado é o pior possível: a inadimplência está crescendo e deixando como rastro o aumento da inflação. Logo o governo terá que adotar medidas amargas para conter a alta nos preços. Quem sabe não volta a aumentar os juros?

E as cotas nas universidades? Alguém já viu algo mais trágico? O governo quer criar cursinhos para que os alunos das escolas públicas não “fiquem para trás” no ensino superior. Não seria mais fácil criar cursinhos para melhorar as chances desses alunos passarem no vestibular?

or mais justos que sejam os fins, eles não justificam os meios. O bolsa família veio para melhorar a distribuição de renda, certo? Mas quem nunca ouviu falar dos seus efeitos colaterais, entre eles o aumento de filhos nas famílias mais pobres e o crescente amor ao ócio?

Por decreto não dá para mudar a cultura de um povo, os hábitos da população, nem impedir os apagões.

Por decreto não dá para combater o crime, nem melhorar a saúde ou garantir o aumento na produção de alimentos.

Por decreto não dá para mudar o clima, para acabar com a seca ou reduzir as queimadas e os desmatamentos.

Por decreto não se consegue reduzir os desperdícios do dinheiro público, muito menos a roubalheira e a corrupção.

Por decreto o máximo que dá para fazer é transformar o Brasil numa Argentina ou, quem sabe, hermano, numa Venezuela.

Asta la vista.

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