Diretor do Grupo JL diz que usinas continuam funcionando, apesar de intervenção
   26 de outubro de 2012   │     17:37  │  3

A primeira reação do diretor jurídico do Grupo João Lyra, o advogado Augusto Galvão, à intervenção judicial é de otimismo.

Para ele, a “intervenção é um instituto da Lei da Recuperação Judicial que é aplicado quando o a Justiça quer verificar a viabilidade da empresa e constatar se ela é viável. E pelo que percebemos é isso que os interventores, querem verificar”.

De acordo com Galvão, o lado positivo da intervenção é que a medida “passa por cima” do pedido de falência: “isso significa sair da guilhotina da decretação de falência para a recuperação efetiva. A intervenção passa por cima disso.Tem uma decisão do magistrado que vai fazer com que haja a possibilidade de recuperação, que vai constatar a viabilidade financeira do grupo”, enfatiza

O que vai acontecer

Nos próximos dias o os interventores vão levantar informações, chegar todo o funcionamento do grupo e de pois decidir com o juiz pela recuperação ou falência do grupo. A apresentação desse diagnóstico deve demorar pelo menos três meses.

Até lá, adianta o diretor jurídico, não muda nada no funcionamento das empresas: “Os fatos em si continuam do mesmo jeito. A Guaxuma mói dentro de dez a doze dias. A Uruba deu salto na moagem e na segunda esmagou 7,9 mil toneladas, quando sua média é de 7 mil, numa prova de que estamos trabalhando para as coisas funcionarem”, destaca.

De acordo com Galvão, quem não conhece o processo “fica na preocupação. Mas tudo isso é previsível, está na lei. Essas pessoas  (os interventores) vem para cá constatar, que os trabalhos dentro da Laginha são corretos, que estão funcionando, com os pagamentos sendo realizados”, diz .

Com a intervenção, reconhece o advogado, todas as decisões passam a ser tomadas pelos interventores. Mas a primeira impressão foi boa: “tivemos reunião com eles hoje pela manhã, foi uma reunião tranquila. Eles mostrando o que pretendem. Conversaram todos os gerentes e diretores. Cada um dos seus setores fez uma exposição dos trabalhos realizados. Em principio que as coisas vão continuar funcionando normalmente”, explica.

Recorrer ou não eis a questão

O empresário João Lyra está em São Paulo. Ele teria viajado, segundo um funcionário do grupo, para resolver questões relativas a Mapel. Ele soube da notícia por telefone e só deve se posicionar sobre a intervenção no retorno a Maceió, no começo da próxima semana.

A decisão de recorrer ou não pode acontecer da intervenção será analisada, embora o advogado considere a medida um fato positivo: “se houver o entendimento que a situação não era para passar pelo que estamos passando, podemos recorrer. Mas não vejo em principio necessidade de entrar com recurso”, diz.

O empresário João Lyra pode participar do processo de administração, mas numa papel como o de um “observador”. Enquanto durar a intervenção ele não poderá tomar nenhuma decisão. Todas as decisões serão tomadas pelos interventores nomeados pelo juiz.

Os interventores

Ademar Amorim Fiel é o nome indicado pelo ojuiz da Comarca de Coruripe, Sóstenes Alex, para coordenar o processo de intervenção. Além dele, Carlos Lima Franco e João Evaldo Louzasso compõem o conselho de administração.

A intervenção, segundo o magistrado, não tem prazo de duração previamente definido. De acordo com Galvão, Ademar já conhece o grupo e ele era o administrador nomeado pelo juiz para acompanhar o processo de recuperação judicial.

Os outros dois foram escolhidos por Ademar. Carlos Franco é advogado e João Evaldo, economista de São Paulo com larga experiência em processos de recuperação judicial.

COMENTÁRIOS
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  1. joao jose da silva

    Até que enfim a justiça tomou um decisão. Já estava passando da hora, pois somente os colaboradores sabem o que estão passando. Estamos todos os meses com salários atrasado e o mais interessante que para receber o salário do mês passado tivemos que fazer duas greves aqui na unidade vale do paranaiba para recebermos. Vamos se agora teremos pelo menos nossos salários pagos em dia. A justiça também podia atentar com relação ao nosso fgts que esta a mais de 4 anos sem recolher. Acho isso um absurdo, e me pergunto: Onde estão os orgãos fiscalizadores que deixam esse coronel fazer o q bem quer com seus colaboradores? Será que a justiça aplicada aos pobres nao se aplica aos ricos como dep. joão lyra? A justiça tem que fazer uma devassa nessas empresas pq no fim quem paga a conta e o lado mais fraco que no caso somos nós.

  2. SERÁ QUE VALE?

    SERÁ QUE EM ALAGOAS JUIZ VALE MAIS QUE DESEMBARGADOR? QUERO ENTENDER, MAS NÃO POSSO. VAMOS AGUARDAR O ANDAR DA CARRUAGEM.

  3. jose antonio dos santos

    O bandido precisa ser desarmado!. De nada adianta encher a rua de policia se as armas continuam na mão da bandidagem> a grande pergunta: QUEM FORNECE ARMA PARA BANDIDO?!.Policia, um exemplo, vá na Grota do Cigano, em pleno dia, adolescentes com armas novas, pistolas e revolveres em punho e ninguém resolve!.

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