Governo parcela pagamento dos restos a pagar em até 8 meses
   30 de março de 2015   │     23:23  │  5

Renan Filho vai, finalmente, abrir o cofre do estado. ‘Abrir’, nesse caso, é exagero – literalmente. O governador está determinado a poupar o que for possível nos primeiros meses de governo para enfrentar um eventual agravamento da crise nacional. Ele próprio só fez duas viagens a Brasília e recomenda que seus secretários também evitem “gastos desnecessários”.

Austeridade a parte, a máquina não pode parar. O governador já avisou que vai sancionar, nesta terça-feira, 30, ou na quarta, 1º, o Orçamento do Estado de 2015.

A princípio a proposta vai para o Diário Oficial do tal e qual foi aprovada na Assembleia Legislativa, há 10 dias. A ‘demora’ na sanção faz parte o rito burocrático. Antes de chegar a Renan Filho, o texto precisa passar pela avaliação da PGE e de algumas secretarias.

Afora isso, o governador não demonstra pressa em publicar o Orçamento. Talvez porque isso ajude a retardar alguns gastos – entre eles os restos a pagar.

O secretário da Fazenda, George Santoro, aprovou com o governador a regra para pagamento dos restos a pagar de 2014.

O decreto já está pronto deve ser publicado junto com o Orçamento – até porque o governo vai precisar definir a dotação orçamentária para pagar os processos.

As regras já foram definidas: o governo vai pagar de imediato todos os processos com valores até R$ 50 mil, o que representa mais de 85% do total. Em volume de recursos esse teto representa cerca de R$ 11,5 milhões ou 23% do total dos restos a pagar, estimados em R$ 50 milhões.

Os demais processos serão pagos em até oito parcelas mensais, entre abril e dezembro deste ano.  O valor será dividido em 8 vezes. Ser for R$ 800 mil, serão 8 parcelas de R$ 100 mil.

Fornecedores que tiverem valores menores, cujas parcelas fiquem na ‘casa’ dos R$ 50 mil, receberão o restos a pagar antes do final do ano: “Quem tem R$ 130 mil recebe duas parcelas de R$ 50 mil e uma de R$ 30 mil”, explica um importante servidor público do Palácio dos Palmares.

COMENTÁRIOS
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  1. ANDRÉ

    E então, como ficam os pequenos fornecedores? quebrarão as micro empresas e epporte? ]Vejo muito pai de família que já está na mão de agiota, desesperados.

  2. Luiz paulo sodré

    Sr. Edivaldo,mas uma vez fora da sua matéria,mas igualmente importante,parece que trocamos seis,por menos de meia dúzia,o estado não paga a fornecedores,os cargos estão sem nomeação,o portal de transparência não mais existe, e pra confirmar,completamos 100 dias de governo e 355 homicídios,uma média de quase quatro pessoas assassinada por dia,comparando hoje,o estado estava muito melhor,e vemos agora como diz a música,Teotônio vilela Filho, é que era um governador de verdade.

  3. Mara

    A questão é que a propina tá sendo determinante nas secretarias, na SESAU, o lema é: diga quanto me pagas que eu te pago…Na cara dura a gestão atual está colocando na parede os pequenos fornecedores que já estão em processo de falência…

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