No final de 1998 Pindorama vivia uma grave crise, por conta da queda na venda do álcool hidratado no país. Mergulhada em dívidas, a cooperativa corria o risco de não iniciar a moagem de cana na safra 98/99.
A situação só foi resolvida, na época, com a eleição de uma nova diretoria, comandada por Klécio Santos. Para conseguir iniciar a moagem, ele usou a sua maior moeda: o prestígio pessoal e a força da marca Pindorama.
A moagem foi viabilizada com a venda antecipada de álcool à BR Distribuidora, uma operação que contou com o apoio da bancada federal, especialmente dos senadores Renan Calheiros e Teotonio Vilela Filho.
Desde então Pindorama viveu uma fase de grande crescimento. Sob o comando de Klécio, Pindorama diversificou a destilaria com a aquisição de uma coluna de álcool anidro, o que lhe permitiu fortalecer sua comercialização, e no começo dos anos 2000 foi realizado o grande sonho: a construção da fábrica de açúcar.
A cooperativa também ampliou sua capacidade de moagem, diversificou a fábrica de sucos e promoveu uma grande virada no campo. A safra que era de pouco mais de 300 mil toneladas, está hoje em mais de 800 mil toneladas e caminhando para a faixa de um milhão de toneladas.
Hoje Pindorama é a maior cooperativa da agricultura familiar do Norte e Nordeste do Brasil, responsável pela manutenção de uma usina, indústrias de alimentos e pela manutenção de uma comunidade de mais de 30 mil pessoas.
Enfrentando a crise
Apesar da expansão, a cooperativa também foi duramente atingida pela crise que abala ainda hoje o setor sucroalcooleiro nacional. No país foram fechadas 72 usinas nos últimos quatro anos. Em Alagoas cinco usinas fecharam as portas.
“Sofremos muito com a crise, mas conseguimos dominá-la. Estamos dando o remédio na dosagem certa. É isso que nos fez sobreviver e nos dá a perspectiva de que unidos vamos voltar a crescer”, resume Klécio Santos, que foi reeleito, ontem, presidente da Cooperativa Pindorama para um período de mais quatro anos.
A eleição, a quinta consecutiva, foi em chapa única, num processo de unidade construído ao longo dos últimos meses. “A partir do diálogo construímos o consenso em torno de nosso bem maior que é Pindorama”, enfatiza.
Apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor sucroalcooleiro nacional, klécio conseguiu “dominar” as dificuldades, mantendo pagamentos em dia e garantindo investimentos para ampliar a usina Pindorama. A sua habilidade em lidar com a crise, que provocou inclusive o fechamento de outras usinas no estado, foi reconhecida pelos mais de mil cooperados.
O novo mandato de Klécio começa nesta terça-feira, 31, sem festa e sem pompa: “para mim é como se estivesse no primeiro dia do primeiro mandato. Meu entusiasmo é o mesmo, minha energia é a mesma e a vontade de acertar é ainda maior”, enfatiza.
