A crise institucional da Assembleia Legislativa de Alagoas parece cada vez mais longe de uma solução. O Legislativo que deveria ser a caixa de ressonância da sociedade mas virou saco de pancadas e vai continuar sangrando até que os próprios deputados ou a Justiça resolvam  dar um ponto final nas suspeitas desvios e desmandos naquela Casa.

O deputado estadual João Henrique Caldas, SDD, é um dos inconformados com a decisão da Justiça em determinar a volta da mesa diretora afastada da ALE após 60 dias.

“O pedido do Ministério Público, que foi atendido apenas parcialmente, tem dois pontos principais. O afastamento dos integrantes da mesa foi motivado por conta da obstrução das provas e também para evitar que novas improbidades sejam cometidas. A volta da mesa significa o quê, que a farra vai continuar?”, questionou.

O deputado do Solidariedade acredita que o Ministério Público deve entrar com  novos pedidos ou embargos na Justiça. “O MP vem trabalhando bem no caso e deve se pronunciar nos próximos dias”, avalia. “O que não podemos admitir é que todos essas irregularidades cometidas conforme apontou a investigação do Ministério Pública fiquem impunes”, emenda.

Para JHC a melhora saída, no momento, seria o afastamento dos integrantes da mesa diretora afastada do mandato de deputado: “agora, com essa decisão de que eles retornam ao  comando da Casa em janeiro, esses deputados podem agir como um rolo compressor atrapalhando a  investigação e impedindo a ALE de funcionar normalmente”, enfatiza.

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