Secretário de Governo da prefeitura de Maceió, o ex-deputado estadual Júnior Leão ajudou o prefeito JHC na montagem política do novo secretariado do município – que inclui indicações de Davi Davino Filho, Alfredo Gaspar de Mendonça e Arthur Lira – e a formar a base de apoio na Câmara de Vereadores de Maceió.
Nos últimos dias, a movimentação do Palácio dos Palmares, com participação direta do governador Paulo Dantas (MDB) provocou baixas na bancada de apoio ao prefeito. A maior repercussão, até o momento, foi a saída de Zé Márcio do secretariado, numa sinalização de que seu filho, o vereador Zé Márcio Filho (PODE) vai para a oposição ao prefeito.
Não é só. Outros vereadores também estariam marchando para a oposição, a exemplo de Teca Nelma e Alan Balbino (suplente de Kelmann Vieira), ambos do PSD e Brivaldo Marques e Fernando Hollanda, os dois do MDB.
Leão que passou a lidar com a pressão política inesperada lida com tranquilidade com os “danos colaterais”. E avisa que permanece firme no cargo, “até onde JHC quiser, porque o cargo é de confiança” e trabalhando para manter maioria na Câmara de Vereadores de Maceió.
“Estamos muito tranquilos. Embora pareça estranho esse movimento, na medida em que ninguém na prefeitura tem atuado para montar grupo de oposição ao governador na Assembleia Legislativa, nós vamos manter a maioria Câmara de Vereadores de Maceió, inclusive no partido dele”, diz Leão, numa referência ao MDB.
Atualmente, o MDB tem 7 dos 25 vereadores, mas nenhum deles até agora se definiram na oposição. Na bancada emedebista o prefeito tem hoje importantes apoios, a exemplo do presidente da Câmara de Vereadores de Maceió, Galba Netto, e do líder do governo, Chico Filho. Os outros vereadores do partido tem dado sinalizações públicas de apoio ao prefeito, a exemplo de Luciano Marinho. Entre os possíveis emedebistas que podem ir para a oposição, os mais prováveis são Brivaldo Marques Fernando Hollanda.
Estratégia
O grupo de Paulo Dantas não trabalha com a expectativa de ter maioria. O que o ex-deputado Davi Maia, que tem feito a articulação ao lado do governador, pretende é chegar a uma bancada de 9 vereadores, número que seria suficiente para “dar trabalho” ao prefeito. Mas essa é outra história.
