Mudanças na Sesau podem afastar Alexandre Toledo de Téo Vilela
   27 de fevereiro de 2013   │     11:19  │  0

O Diário Oficial do Estado trouxe, nas edições desta segunda e terça, mudanças de postos importantes na Secretaria de Saúde.

Pessoas ligadas ao ex-secretário, o deputado federal Alexandre Toledo, PSDB-AL, foram exoneradas de cargos estratégicos, como a chefia de gabinete e várias superintendências da Secretaria.

Na versão palaciana a troca seria natural: “o novo secretário está montando sua equipe”, pondera um assessor de Téo Vilela.

Na versão de outro assessor do governador, que ouviu as queixas de Alexandre, não tem nada de natural: “ele chegou a pensar até em romper com o governador”.

Um rompimento entre Vilela, no entanto, seria difícil de imaginar. Os dois são antigos aliados e sempre estiveram do mesmo lado. Todos os planos políticos traçados por Alexandre Toledo até agora foram combinados, antes, com o governador.

As mudanças nos cargos (chefia de gabinete, superintendentes de controle  e atenção a saúde, além de algumas diretorias e gerências) teriam sido feitas sem nenhuma conversa prévia com Toledo, que passou os últimos dois anos à frente da Sesau.

Alexandre, como se sabe, decidiu assumir o mandato na Câmara Federal, depois de conversar com o governador – que chegou inclusive a pedir que ele ficasse na Secretaria.

“Ele (Alexandre) conversou muito com o governador sobre todo esse processo. O que acontece agora é normal”, pondera um dos assessores de Vilela.

Normal ou não, Toledo ao que parece não está nada satisfeito. Ele, é claro, não vai falar publicamente sobre isto. Ao menos por enquanto.

Insatisfeito declarado

João Caldas, ao contrário de Toledo, tem espalhado aos quatro cantos que está insatisfeito – decepcionado até, com o tratamento que recebeu do governo: “o governador e o vice tinham um compromisso comigo e não cumpriram”, reclama.

Ex-deputado federal e agora primeiro suplente da coligação que elegeu Vilela e Nonô, Caldas esperava assumir a vaga de deputado federal no lugar de Rui Palmeira. Quem terminou assumindo foi Alexandre Toledo. JC chegou a sugerir que, caso a essa hipótese se confirmasse, queria indicar o novo secretário de Saúde.

O governo conseguiu deixar, de uma só tacada, dois políticos importantes e com muitos eleitores – jutos os dois tiveram mais de 130 mil votos em 2010 – insatisfeitos.

Aquela histórias de que é possível “matar” dois coelhos com uma só cajadada, poderá ser reescrita no futuro para “como perder dois deputados com uma só canetada”.