Orçamento: salário mínimo será de R$ 722,90 em 2014
   29 de agosto de 2013   │     22:28  │  0

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciou nesta quinta-feira, 29, que o governo prevê salário mínimo de R$ 722,90 a partir de 1º de janeiro de 2014 , o que representa reajuste de 6,62% em relação valor atual, de R$ 678.

Segundo a ministra, o impacto do reajuste nas contas públicas (com o pagamento de benefícios) será de R$ 29,2 bilhões no próximo ano.

O novo valor consta do Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) que foi entregue hoje por Miriam (veja texto abaixo) ao presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros.

A ministra diz que o novo valor incorpora a regra de valorização do salário mínimo, “que tem sido uma política importante de alavancagem da renda das famílias no Brasil, o que tem nos levado a patamares de qualidade de vida muito superiores”.

O valor do salário é calculado com base no percentual de crescimento do PIB do ano retrasado mais reposição da inflação do ano anterior pelo INPC.

O salário mínimo foi instituído em 1940.

A Agência Senado distribuiu texto sobre a entrega da proposta de Orçamento:

Renan recebe proposta orçamentária do governo Dilma para 2014

O projeto de Lei Orçamentária Anual 2014 já se encontra nas mãos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A cerimônia de entrega do documento, pela ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior foi realizada nesta quinta-feira (29) no gabinete da Presidência do Senado.

A proposta orçamentária prevê salário mínimo de R$ 722,90 para o próximo ano, crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e inflação oficial pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,5%. Ao receber a peça orçamentária, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enfatizou à ministra Miriam Belchior que o Parlamento brasileiro se encontra em um momento especial, tendo diante de si a tarefa de analisar a pertinência do Orçamento Impositivo, e, entre outras responsabilidades, atender as demandas da população.

“Desde já defendo que 50% das emendas parlamentares do Orçamento Impositivo sejam destinadas à saúde”, adiantou Renan à ministra. A proposta, já aprovada na Câmara, obriga a execução orçamentária e financeira de emendas parlamentares no valor total de até 1% da receita corrente líquida realizada no ano anterior. Outra questão ressaltada pelo presidente do Senado, durante a cerimônia, foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal que julgou impróprio o controle preventivo da constitucionalidade.

“Estabelecemos, assim, novos ritos, regras claras, democráticas e equilibradas para analisar os vetos presidenciais. Os vetos deixaram de ser entulhos legislativos que se acumulavam em prateleiras e agora são analisados mensalmente concluindo, assim, todo o ciclo legislativo”, relatou. Renan disse ainda à ministra Miriam Belchior que “o fortalecimento do Congresso Nacional, cujos esforços feitos visam aproximar o Legislativo cada mais vez da sociedade, é um elemento decisivo para o aprimoramento do modelo democrático do País”.

Ao final do encontro, a ministra agradeceu ao presidente do Senado o empenho do Parlamento brasileiro com as grandes demandas nacionais. “É muito bom saber que a questão da saúde é também prioritária para o Congresso Nacional”, afiançou Miriam Belchior.