PSDB vai fazer um federal em AL e participar na majoritária, avisa Vilela
   18 de abril de 2022   │     11:15  │  0

Desde a saída do senador Rodrigo Cunha, que se filiou ao União Brasil no dia 2 de abril, a convite do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o deputado federal Pedro Vilela assumiu o comando do PSDB em Alagoas.

Vilela era o primeiro vice-presidente e automaticamente passou a responder pelo partido no Estado. Nessa condição, o deputado trabalha para conduzir o PSDB numa eleição que tem sido marcada – até agora – pela visível divisão nacional entre João Dória e Eduardo Leite e, no plano local, pela desidratação da legenda.

No dia 2 de abril também deixaram o PSDB alagoano nomes importantes, a exemplo da deputada federal e da vereadora de Maceió, Teca Nelma e dos deputados estaduais Cibele Moura e Dudu Ronalsa.

Mas se depender de Pedro, o PSDB – que já foi o maior partido de Alagoas durante o governo de Téo Vilela (2007 a 2014) – terá bom desempenho nas eleições deste ano no Estado. O compromisso é fazer ao menos um deputado federal e garantir espaço no processo majoritário.

Pedro falou sobre o lançamento da pré-candidatura de Régis Cavalcante pela federação PSDB/Cidadania. O ex-deputado federal fez duras críticas ao senador Rodrigo Cunha por deixar o PSDB “à míngua” e por prejudicar a federação no Estado.

Vilela, embora reconheça a legitimidade de Cavalcante em pleitear a pré-candidatura, avisa que nada será definido agora.

Por telefone, Vilela disse que tem respeito por Régis, com quem tem mantido bom diálogo. “Tenho conversado muito com Régis. E ele externar a vontade de ser candidato é legítimo, o que acho que isso terá que ser discutido no momento oportuno”, pondera.

O deputado lembra que ainda faltam muitos dias até a escolha dos candidatos. “Nós estamos em abril e as convenções serão em julho. O que posso te adiantar no caso do PSDB e da federação, é que é o mesmo pensamento, tanto meu quanto do Régis”, afirma.

De acordo com Vilela, o PSDB definiu seus planos. “Nós temos dois objetivos muito claros nesta eleição. Um é de ter uma participação no processo majoritária e isso não quer dizer uma candidatura própria a governador. Essa participação pode ser com candidato a senador ou a vice-governador. Isso a gente vai avaliar junto aos dirigentes e filiados do partido no momento oportuno”, explica

Ele adianta que “o outro foco do partido nessa eleição é a montagem de uma chapa de deputado federal forte, para garantir ao menos uma cadeira e tentar brigar por uma segunda. Esses são dois objetivos alinhados inclusive com lo presidente do PSDB nacional, Bruno Araújo, que acompanhou todo o processo aqui”.

Vilela prefere não externar nomes, mas assegura que vai conseguir montar a chapa de federal (com dez vagas) de forma competitiva: “nós temos aí em torno de 16 nomes entre antigos filiados e novos filiados que manifestaram desejo de disputar vaga de federal e numa avaliação bem conservadora dá total condição de disputar e alcançar o quociente e, a depender do desempenho de todos, lutar por uma segunda vaga.”

Regras

A Federação PSDB/Cidadania tem regras claras. Os dois partidos passam a funcionar como um só e o diretório será definido a partir do que foi definindo na nacional. O critério da proporcionalidade na executiva estadual, pelo que se sabe, é a votação de candidatos dos partidos para prefeito em 2020 e para deputado federal em 2018. Mantida essa regra, o PSDB deverá ter maior representação no diretório da federação.