Renan bate duro em ministro kassab: “PL distorce a política”
   26 de março de 2015   │     20:29  │  0

A queda de braço entre o PMDB e o Palácio do Planalto está longe de ter um fim. Ao que parece, o que está em jogo não é apenas cargos ou ministérios, mas a sobrevivência do próprio partido como segunda maior força política nacional.

Os líderes peemedebistas trabalham para abortar um plano que teria sido colocado em execução no começo do segundo governo de Dilma Rousseff para tentar reduzir o “peso” do PMDB. Para garantir a “manobra” o governo federal estaria patrocinando a criação de um novo partido, o PL, projeto que estaria sendo executado pelo ministro Gilberto kassab, das cidades, em sintonia com Aloisio Mercadante e o governo federal.

Nesta quinta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros, externou sua posição sobre o projeto do PL. O senador disse que a iniciativa de kassab “distorce” a política. Uma boa tradução para distorce, no caso, seria “golpe”.

A Agência Brasil fez reportagem sobre a posição de Renan Calheiros. Veja alguns trechos:

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou hoje (26) a possibilidade de criação do Partido Liberal (PL).

“Isto distorce o quadro partidário, que saiu das urnas. Os partidos têm o tamanho que têm porque conquistaram nas urnas. Como pode o governo patrocinar uma iniciativa que objetiva diminuir o tamanho do aliado? Isto é um péssimo exemplo da reforma política. Temos de acabar com a farra da criação de partidos. Do ponto de vista da articulação política do governo nos últimos meses, esta foi a pior criação”, ressaltou.

O pedido de registro da  legenda foi protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira (24), véspera da sanção da lei que trata da criação e fusão de partidos. Aprovada pelo Congresso no dia 3 de março, a Lei 13.107 determina novas regras para fusão de partidos políticos.

Dois pontos da proposta foram vetados pela presidenta Dilma Rousseff. Um deles exigia o mínimo de cinco anos para fusão de partidos políticos. O outro garantia prazo de 30 dias e manutenção do mandato aos parlamentares que migrassem para partidos decorrentes de fusão.