O presidente do Congresso Nacional não é do tipo que gosta de antecipar decisões. Na disputa pela presidência do Senado, Renan Calheiros só assumiu a candidatura faltando dez dias para a eleição. Apesar disso, ele trabalhou, pelo menos um ano antes pela voltar ao cargo.
Dizer que não é candidato publicamente é uma boa estratégia, na medida em que evita pressões e desgastes. Mas isso não impede ninguém de trabalhar para viabilizar um projeto ou um sonho – de ser governador de Alagoas.
Mesmo não sendo ainda candidato ao governo de Alagoas, Renan Calheiros repete a estratégia e procura dar demonstrações de força, além de definir apoios desde já.
A aproximação pública com a presidente Dilma Rousseff, a ponto de assumir o lugar dela por um dia, as conversas com Téo Vilela, o seminário em Santana do Ipanema, são gestos de quem trabalha com um objetivo, mesmo que ele não seja revelado publicament.
Nesta segunda-feira Renan Calheiros dá mais um passo para consolidar o projeto de eleger o próximo governador de Alagoas. Se não for ele, pode ser Renan Filho, dizem.
O presidente do Congresso Nacional convidou para um café da manhã num dos maiores e mais luxuosos hotéis de Maceió as principais lideranças do PT de Alagoas. O que ele quer? Fechar desde já uma aliança do PMDB com o PT para 2014.
Além do carimbo de Lula e Dilma, o PT local carrega algo muito valioso para uma campanha eleitoral: o maior tempo de propaganda no rádio e na TV.
As resistências a uma aliança com o PT a reboque do PMDB, como ocorreram nos últimos pleitos, são crescentes. A maioria dos militantes do partido não quer o partido apoiando um candidato do chapão.
O movimento por um PT de cara própria cresce em Alagoas. Por isso, é importante cuidar de garantir o apoio do partido antes que seja tarde.
O que Renan Calheiros vai dizer no café da manhã? Que o PT e o PMDB precisam manter a união em Alagoas em nome da reeleição da presidente Dilma Rousseff e do projeto nacional. O que o PT local vai responder? Só o temo dirá.
Fila
Antes de Renan, quem comunicou ao PT que é candidato ao governo e pediu também o apoio do partido foi o senador Benedito de Lira, que também faz parte da base aliada da presidente Dilma em Alagoas. O senador Fernando Collor também conversou com o PT sobre eleições. Ele é candidato a reeleição, mas não descarta disputar o governo.
A decisão para o PT local não será fácil. Dentro do partido várias lideranças defendem que um petista encabece as eleições para governador ou, no mínimo, que faça parte da chapa majoritária. A decisão, seja ela qual for, ficar´para o primeiro semestre de 2014.
O PMDB não é somente aliado de base do governo do PT no âmbito nacional. O PMDB é Governo Federal, luta pela governabilidade e tem um vice-presidente da república. Dentro dessa composição, o partido tem essa parceria e Alagoas não foge à regra.
A aliança entre PT e PMDB se mantém firme no governo federal, e vai continuar firme na luta pelo governo estadual. Quem viver , verá.
Como o PT pretende ganhar destaque em Alagoas acho mais viável para o partido firmar uma aliança com o Senador Collor, pelo que eu tenho observado o Collor tem corrido atrás de resolver os problemas do nosso Estado, ele tem um carisma natural e tem sido a figura política de mais destaque em Alagoas
Acho que Renan deveria logo assumir o cargo que almeja que nem o Senador Collor fez, não precisa dessa enrolação toda! Ainda mais porque esse clima de indecisão favorece aqueles que já estão na corrida eleitoral a tempo.
Se alguém tiver dúvida dessa parceria em Alagoas, é só tentar falar com a presidente Dilma.
Falta assunto na imprensa alagoana. É muito cedo pra se falar em 2014. Só uma coisa é certa: a parceria do PT com o PMDB em nível nacional e local continua. Prego batido, ponta virada.
Essa união do PT com PMDB em Alagoas tem a chancela da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Precisa fala mais alguma coisa?
Se Dilma quer essa parceria. Se Lula quer essa parceria. Com certeza, o PT de Alagoas quer essa parceria.
A disputa das eleições em 2014 será realmente acirrada! Muitos nomes! Das opções para esse pleito do próximo ano, o nome que mais me agrada é o do senador Collor. Ele tem trabalhado bastante e intermediado várias situações, trazendo benefícios para todos nós aqui de Alagoas. E o Collor tem uma ótima relação com o PT e com a presidente Dilma.
Dos três possíveis ou pelo menos sugeridos candidatos a governador de Alagoas no ano que vem, sinceramente eu não sei qual seria o pior. Mais difícil do que engolir um deles, ou ainda o filho do primeiro nome aventado, seria ter que votar em um deles. Valha-me, Minha Nossa Senhora!