Repercussão mundial: AL começa a produzir etanol de 2ª geração
   24 de setembro de 2014   │     15:44  │  1

Energia limpa, renovável, de baixo custo e de reduzido impacto ambiental, o etanol celulósico ou de segunda geração, é considerada uma das melhores alternativas da atualidade no setor de combustíveis. Uma de suas maiores vantagens dessa tecnologia é não utilizar como matérias-primas produtos usados na alimentação humana ou de animais – é o caso do milho, base do etanol nos Estados Unidos.

A produção de etanol de segunda geração é feita a partir da celulose, que pode ser obtida a partir de diversas fontes, inclusive, de “rejeitos”, como o bagaço e a palha da cana. A tecnologia ainda é incipiente.

No mundo inteiro a produção de etanol de segunda geração ainda está na fase experimental, de pesquisa. Talvez por isso o anúncio oficial, feito pela GranBio, de que a fábrica de etanol 2G construída em São Miguel dos Campos começou a operar em escala comercial, tenha sido repercutida nos principais veículos de comunicação do mundo.

Ao comentar a operação da unidade, o governador Teotonio Vilela Filho fez questão de registrar: “estava conversando com o Bernardo Gradin (presidente da Granbio) quando ele recebeu uma ligação do New York Times. Ele me disse que o dia todo foi assim, dando entrevistas para os principais jornais do Brasil e do mundo”.

Vilela comemorou a operação da indústria: “estou muito feliz. Hoje começou Alagoas produzir o álcool de celulose na fábrica do grupo Gradin. Alagoas se tornou o primeiro lugar a produzir esse tipo de álcool. No mundo não existe muitos projetos. Isso é um feito extraordinário, Alagoas se situa na ponta de tecnologi. Esse álcool é o combustível liquido menos poluente entre todos. É especial”, enfatizou.

O governador disse que está feliz porque “trabalhei muito para que o Bernardo Gradin decidisse trazer para Alagoas essa planta, um investimento de 350 milhões de reais, um investimento de altíssima tecnologia. Falei com Bernado agora a pouco, ele também está tão entusiasmado quanto eu”, enfatizou.

A assessoria de comunicação da GranBio distribuiu texto sobre o início da operação em Alagoas. Confira:

GranBio inicia produção de etanol de segunda geração

Empresa inaugura, em Alagoas, a maior fábrica de etanol 2G do mundo. Estado recebe seu maior investimento industrial de 2014

São Miguel dos Campos (AL), 24 de Setembro de 2014 – A GranBio, empresa de biotecnologia industrial 100% brasileira, iniciou a produção na primeira fábrica de etanol de segunda geração (2G) em escala comercial do Hemisfério Sul. A Bioflex 1, unidade construída em São Miguel dos Campos, Alagoas, tem capacidade inicial de produção de 82 milhões de litros de etanol por ano.

Considerado o maior investimento industrial de Alagoas em 2014, o projeto gerou cerca de 1500 empregos diretos e indiretos no estado. “A escolha de Alagoas foi crucial para o desenvolvimento do projeto. Aqui encontramos parceiros inovadores e, além disso, uma região privilegiada pela boa capacidade instalada de usinas e pela estrutura portuária”, afirma o presidente da GranBio, Bernardo Gradin.

O etanol 2G da GranBio é o combustível produzido em escala comercial mais limpo do mundo em intensidade de carbono – 7,55 gCO2/MJ, índice comprovado pelo Air Resources Board (ARB), da Califórnia. O cálculo leva em conta as emissões de CO2 desde a coleta da matéria-prima, passando pelos insumos e consumo de energia, até o transporte e distribuição em porto da Califórnia. Nenhum outro combustível produzido em larga escala é mais vantajoso para o meio ambiente que o da GranBio, primeira produtora de etanol 2G a ter a pegada de carbono aprovada pelo órgão americano.

Para viabilizar o projeto, a GranBio, controlada pela GranInvestimentos S.A., investiu US$ 190 milhões na construção da fábrica e US$ 75 milhões no sistema de cogeração  de vapor e energia elétrica, em conjunto com a Usina Caeté, do Grupo Carlos Lyra. As obras foram concluídas em 20 meses, menor prazo se comparado a qualquer outro empreendimento desse porte, e foram gerenciadas pela GranEnergia, empresa também controlada pela GranInvestimentos S.A.

O Brasil tem potencial de aumentar em 50% a produção de etanol apenas com uso de palha e bagaço, sem necessidade de ampliação de canaviais. A GranBio desenvolveu um sistema de coleta, armazenamento e processamento de palha equivalente a 400 mil toneladas por ano para a Bioflex 1, o que o coloca entre os maiores e mais competitivos do mundo.

 A fábrica da GranBio utiliza a tecnologia de pré-tratamento PROESA® da empresa italiana BetaRenewables (empresa do Grupo M&G), as enzimas da dinamarquesa Novozymes e as leveduras da holandesa DSM.

 

 

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