Uma lição de Alckmin para Alagoas: SP tem orgulho de suas usinas e da cana
   29 de junho de 2013   │     16:32  │  4

O governador de São Paulo, estado mais rico e desenvolvido do Brasil, foi homenageado quinta-feira,27, no Top Ethanol, maior premiação do setor sucroenergético no mundo.

O prêmio foi um reconhecimento à política de incentivos que aumentou o consumo do etanol em São Paulo. O estado tem a menor alíquota de ICMS do país sobre o combustível: 12%.

No seu discurso Geraldo Alckmin falou das usinas e dos usineiros com indisfarçável orgulho – antes fez questão de descontrair um pouco ao dizer que não merecia o prêmio: “eu só tenho um pé de cana lá no meu sítio”

O que São Paulo pensa das usinas

Ao falar, Alckmin foi enfático: “Quero reiterar nosso compromissos com o setor. A pesquisa, temos os melhores institutos de pesquisa aqui em são Paulo; a tecnologia, somos os maiores fabricantes de equipamentos, máquinas para o setor, polo de Sertãozinho, polo de Piracicaba; compromisso com a infraestrutura, reduzir custos, melhorar a logística; recursos humanos, temos até uma Fatec que só tem aqui em São Paulo e nos Estados Unidos e compromisso com a energia e a biolectriciade; temos um potencial enorme para avançar com a questão tributária, ou seja da a competitividade; o carro com o motor flexfuel é um orgulho nosso, é brasileiro , um sucesso mundial, nós precisamos fortalecer esse combustível limpo que é o etanol”.

O peso da cana no estado mais rico do Brasil

O governador de São Paulo definiu o papel das usinas na economia do seu estado, que tem quase 40% do PIB brasileiro.

“Primeiro reiterar o compromisso com esse setor que é importantíssimo do ponto de vista social econômico para são Paulo e para nosso pais. O etanol é a molécula do desenvolvimento, do emprego, da sustentabilidade, energia limpa, enfim é a promotora do desenvolvimento. Nós aqui de são Paulo enxergamos isso todo dia. Onde tem o setor sucroalcooleiro muda a sociedade, agrega valor, cresce, gera emprego, prospera, é um setor importantíssimo”.

Em Alagoas ainda tem gente que ainda muda a voz ao falar de usineiro

Em Alagoas onde fecha uma usina, a economia definha, as cidades encolhem e os problemas prosperam. Ainda assim, muitos “intelectuais” e políticos continuam culpando a cana pelo atraso do estado. Confundem usineiros, senhores de engenho, coronéis do passado com as empresas de hoje – muitas reconhecidas como exemplo, fora de Alagoas.

Talvez seja resultado de séculos da mesma atividade ou fadiga econômica, mas o fato é que ainda tem muita gente que vê usineiro como o senhor de todos os males, praticante do pecado mortal da monocultura, responsável pelo atraso e pela pobreza do estado. Não é de se estranhar que algumas pessoas ainda mudam, hoje em dia, o tom da voz ao falar de “usineiro”.

Há uma bobagem e uma grande mentira em tudo isso: a cana, hoje, está longe de ser monocultura em Alagoas. Em extensão ocupa 400 mil hectares, menos da metade dos 960 mil hectares ocupados por pastagens. Em faturamento já perdeu o posto para a indústria da química e do plástico.

E depois ainda tem gente que reclama porque os usineiros de Alagoas estão “indo embora” para MG e SP.

COMENTÁRIOS
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  1. Denis

    O pessoal chama os paulistas de arrogantes mas qualquer estado brasileiro que queira aprender mais nossa experiencia seja com a cana ou com o que for será bem recebido pelo nosso governador, que está acostumado a receber representantes de todos os lugares, sejam do Brasil ou do exterior.

  2. Antonio Honoro

    É muito claro ainda ver-se associado a figura do usineiro, o estigma do mau feitor. E não é exagero dar-se credito a este fato, haja a vista, que nos estados do nordeste onde foram fundadas as primeiras usina, o regime era de escravidão, lembrando que apesar das coisas hoje em dias serem bem diferente, Vale salientar que as mudanças sociais, não partiu dos usineiros e sim de entidades de classes, e que para isto vidas foram ceifadas. Porem os tempos são outros, onde a tecnologia superar a arrogância, onde as empresas bem sucedidas são administradas por profissionais, deixando de lado a administração familiar. E é neste termos que as usinas devem se apegarem, uma nova filosofia, uma parcerias social sobre todos os aspectos. No entanto, o governo de Pernambuco não quis ver que o etanol é o combustível do futuro, onde até 2020 precisará de 100 destilarias, e por exemplo, a usina Catende, com potencial superior a 700 mil toneladas de cana está abandonada, uma pena que não se enxergue o óbvio. Não se oque de fato acontece, se a falta de persistência, ou a persistência da falta.
    um abraço!

  3. Raul

    Sergio, você deve ser u m deste que recebe dinheiro destes senhores de engenhos que definharam o Estado de Alagoas durante séculos, por que você não fala de todas as dividas que estas empresas nunca pagaram ao erário pública,melhor fale do grupo joão Lyra, que deve meses aos seus funcionários, ou ainda mostre como o Estado de Pernambuco conseguiu desenvolver-se após deixar de depender economicamente dos usineiros. Mas você deve ser um destes que defendem seus interesses bajulando estes senhores.

  4. sergio

    Essa é uma lição para os “porroidas” daqui e para aqueles idiotas que reclamam quando as usinas estão aqui e reclamam quando elas vão embora. Cito como exemplo o Grupo Toledo. Por aqui tava definhando e se mantendo em pé heroicamente. Lá em São Paulo, fundaram a Central Açucareira Ibéria e, é só sucesso. Levaram para lá os melhores executivos da empresa e são tratados na região com tapetes vermelhos, por prefeitos e políticos. Que não culpem o governador Teotônio, que é o único clara sobre o assunto. Alagoas desenvolve um programa para fabricação de etanol de segunda geração, tendo a frente à SEPLANDE e a empresa Gran Bio, que já instalou uma Estação Experimental na Barra de São Miguel ao custo de 10 milhões, só nesse centro. A usina da Gran Bio, será implantada em São Miguel dos Campos. O senador Biu, acerta com a EMBRAPA, uma a EMBRAPA AÇÚCAR. Os demais alagoanos nada fazem. Parabéns, Edivaldo pelo tema.

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