Em três semanas de protestos, Dilma Rousseff despencou na popularidade e viu a força e influência do seu governo se esvair em meio as manifestações nas ruas.

Os protestos mudaram rapidamente a conjuntura nacional, criando uma crise de representatividade e embolaram de vez o cenário eleitoral em Alagoas.

Tudo que foi dito e visto até agora pode mudar completamente. Tudo mesmo.

Todos os pré-candidatos ao governo de Alagoas no próximo ano (Nonô, Alexandre, Renan e Biu) terão de refazer seus planos.

“Embolou tudo. Vamos ter de esperar a baixar a poeira para analisar o quadro”, aponta Alexandre Toledo.

Os planos para filiação ao PSB continuam, avisa o deputado federal, mas data que é bom, nada. “O projeto continua, mas agora não dá mais para falar em datas”, diz.

O vice-governador Thomaz Nonô que comparou os movimentos populares a uma revolução, continua com a mesma avaliação: “tem muita coisa para acontecer e nada será definido antes de 2014”.

Mesmo quem antecipou a campanha, caso do senador Benedito de Lira, também terá de rever a estratégia. Biu tinha um café da manhã hoje com o PT. No sábado ele ligou para os dirigentes do partido em Alagoas e pediu um adiamento.

Isso porque o senador foi convocado para uma reunião, no final de semana, com Dilma Rousseff e seu partido, o PP.

Isolada politicamente depois de trombar com o PMDB, em especial com Renan Calheiros, a presidente vai falar diretamente com os líderes dos partidos que lhe dão sustentação.

Se ela tiver sucesso, o presidente do Senado pode ter de refazer seus planos, mudando o tom da relação com o Palácio do Planalto.

Renan Calheiros terá dois caminhos: de bem com Dilma Rousseff, vai para a reeleição na presidência do Senado. E se não estiver tão bem, deve realmente ser candidato ao governo de Alagoas.

Claro que tudo isso ainda depende do que vai acontecer nos próximos dias. Se o povo tiver fôlego para continuar nas ruas, o futuro será imprevisível.

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