A bronca agora é com a mesa diretora interina da Assembleia Legislativa. O deputado estadual João Henrique Caldas acaba de descobrir que foram realizadas movimentações na conta do Poder Legislativo na Caixa.

Entre 1 de 27 de novembro, período em que a mesa diretora já estava afastada  judicialmente, foram realizadas mais de 46 movimentações, totalizado mais de R$ 1,3 milhão destinados ao pagamento de salários e outros débitos.

O extrato foi obtido por conta de ação na Justiça Federal, movida por JHC. “Quero saber se a movimentação foi feita com conhecimento da presidente interina, Flávia Cavalcante, do PMDB, e se não foi do conhecimento dela é preciso que a  mesa interina adote as medidas cabíveis”, aponta.

Outro dado revelado pelo extrato bancário publicado na Gazeta deste domingo é o saldo na conta da ALE, que chega a quase R$ 12 milhões.  Outros R$ 12 milhões aponta o deputado devem ser repassados para o Legislativo até 20 de dezembro deste ano.

Com tanto dinheiro em caixa, o JHC quer saber: “porque a folha dos servidores ainda não foi paga?”. O deputado vai além: “não há sentido na mesa interina pedir uma nova suplementação ao governo. Soube que a presidente pediu R$ 12 milhões ao governo, só não sei pra que, uma vez que o Poder Legislativo tem dinheiro em caixa suficiente para pagar seus servidores e a manutenção dos gabinetes”, aponta.

A posição do PMDB

Já disse e repito. A ALE está agora sob o comando do PMDB de  Alagoas, cujo  presidente é o senador Renan Calheiros que defende transparência e promove medidas moralizadoras como presidente do Senado.

É de se perguntar se o partido não fará o mesmo em Alagoas, orientando sua deputada a promover a devassa que todos esperam na  ALE.

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A cada dia surgem novos boatos de venda e compra de usinas em Alagoas. Esse é mais um dos reflexos da crise que continua abalando as estruturas do maior setor da economia estadual. O “furo” da semana teria sido a venda de uma das mais antigas empresas do estado.

“Só aqui na Sinimbu já surgiram nessa safra pelo menos  uns cinco boatos de que a empresa foi vendida”, diz um importante assessor da usina.

E não é só a Sinimbu. As “informações” de compra e venda de usinas já circularam por empresas como Roçadinho e Guaxuma, entre outras. Mas o fato é que no momento  ninguém está comprando nem vendendo nada.

Guaxuma começa moagem na próxima semana

Nem só de notícias ruins vive o setor sucroalcooleiro alagoano. Contrariando as expectativas  o Grupo João Lyra manda avisar que a Uruba continua moendo, ainda que com paradas além do normal e a Guaxuma começa a operar na próxima semana: “os preparativos  estão na reta final de dentro de 5 a 7 dias a usina vai moer”, avisa um assessor do grupo.

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Conversei demoradamente com um dos mais influentes políticos de Alagoas e também importante interlocutor do governo estadual sobre vários temas.  A avaliação desse “cara” que conhece profundamente os bastidores da política alagoana é a de que o presidente do Senado está ganhando tempo quando ensaia uma reaproximação com o governador Teotonio Vilela Filho.

“O Renan está fazendo o jogo dele, num momento quer se aproximar,  noutro quer se afastar. Acredito que ele está só empurrando com a barriga, até porque sabe que não é chegada a hora nem de briga, nem de  aliança”, aponta.

O nosso interlocutor  emenda: “por enquanto o Renan está juntando as fichas. Se conseguir o suficiente, vai cacifar a candidatura do Renanzinho. Se não tiver todas as fichas que  precisa sabe que vai ter de negociar. Nesse caso ele terá de fazer uma escolha e decidir com qual grupo vai compor,  mas isso será lá para março ou abril do ano que vem”, avalia.

O “cara” acredita que o presidente do Senado só seria candidato em último caso: “Renan sabe os problemas que estamos enfrentando no governo e conhece como poucos as dificuldades do estado. Neste caso, tenho certeza que ele vai preferir ser amigo do rei e do que andar de pires na mão em Brasília”

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Está na maioria dos sites do Brasil: o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou nesta quinta-feira (28) para o Tribunal Superior Eleitoral um parecer defendendo a perda do mandato de 13 deputados federais por infidelidade partidária.

Este ano a movimentação entre partidos foi intensa. Somente no Congresso Nacional 68 deputados federais e dois senadores trocaram de legenda. Dois terços entrou em novos partidos – PROS e SDD – dentro, portanto, da regra da fidelidade partidária.

Entre os que trocaram de partido, 24 foram para siglas já existentes. É o caso do deputado federal Alexandre Toledo que deixou o PSDB e foi para o PSB onde deve encarar um projeto majoritário em 2014.

Em 2007 a decisão do TSE, depois confirmada pelo STF–  determinou que os mandatos pertencem aos partidos, aceitando mudança no caso  de  criação de novos partidos ou de expulsão, entre outras.

Na lista de enviada por Janot para o TSE consta o caso de Walter Feldman, que saiu do PSDB para o PSB – caso semelhante ao de Alexandre Toledo.

A diferença é que o deputado federal alagoano saiu do partido de forma consensual, numa prolongada negociação.

Também pesa a favor de Toledo o fato de que o primeiro suplente da coligação, João Caldas, já avisou que não vai entrar com nenhuma ação: “por questões pessoais e de amizade não vejo sentido em entrar com nenhum pedido deste tipo”, disse.

Se nenhuma nova lista for enviada pelo MPE, Toledo  terá caminho livre para continuar exercendo seu mandato na Câmara Federal e para continuar abrindo a estrada para 2014.

Confira a lista dos 13 deputados que podem perder o mandato por recomendação de Janot :

– Cesar Hanna Halum, (PSD pelo PRB).

– Walter  Feldman, (PSDB pelo PSB).

– José Humberto Soares (trocou o PHS pelo PSD).

– Wanderley Alves de Oliveira, (PSC pelo PTB).

– Stefano Aguiar dos Santos (PSC pelo PSB).

– Paulo César da Guia Almeida (PSD pelo PR).

– Luiz Hiloshi Nishimori, (PSDB pelo PR).

– Silvio Costa, (PTB pelo PSC).

– Alfredo Sirkis, (PV pelo PSB).

– Paulo Henrique Lustosa da Costa, (PMDB pelo PP).

– José Wilson Santiago Filho, (PMDB pelo PTB).

– Beto Mansur, (PP pelo PRB).

– Francisco Evangelista dos Santos de Araújo, suplente, (PSL pelo PSD).

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