Entre uma conversa e outra, o pré-candidato do PDT a prefeitura de Maceió está conseguindo vencer, uma a uma, as resistências iniciais à dobradinha anunciada com Mosart Amaral, do PMDB.

Ontem Lessa conversou demoradamente com Eduardo Bomfim e Marcelo Malta. O encontro selou o apoio do PCdoB à dobradinha. “Está tudo tranquilo. O PCdoB está conosco”, avisa Lessa.

Por telefone, Lessa recebeu o aval de outro partido estratégico no grupo de partidos que dá sustentação a presidente Dilma Rousseff em Alagoas: o PTB. “Conversei com o senador Fernando Collor e ele deu o aval a nossa composição. Ele acha que a nossa chapa é a melhor e vamos caminhar juntos novamente nesta eleição”, aponta Lessa. Ontem à tarde esse apoio foi reforçado em encontros com Ada Mello e Fernando James.

Agora o pré-candidato do PTB trabalha para consolidar o apoio de outros partidos importantes na composição. É o caso do PSD, do deputado federal João Lyra, com quem ele terá um encontro no próximo sábado.

Com o PT ficou acertada uma reunião para a próxima segunda-feira. “Seria uma reunião de todos os partidos, mas achamos melhor fazer o encontro com o PT nesse momento. Já liguei para o Paulão, o Judson, o Adelmo e o Joaquim. As conversas evoluem bem”, aponta.

Na lista de conversas, Lessa ainda espera incluir o deputado federal Maurício Quintella, o PTdoB e Galba Novaes. “Sei que o Galba mantém a pré-candidatura, mas vou continuar buscando o entendimento com ele”, avisa.

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A coluna Mercado Alagoas, da Gazeta de Alagoas, trouxe hoje uma informação que tranquiliza o mundo dos negócios em Alagoas. E ao mesmo tempo terá desdobramentos na política.

O empresário João Lyra, proprietário de um dos maiores grupos do setor sucroenergético do País, com três usinas em Alagoas (Laginha, Uruba e Guaxuma) e duas em Minas Gerais, avisou aos seus familiares, assessores e aliados políticos que está deixando a presidência do PSD. O objetivo é aumentar o tempo de dedicação à gestão das empresas e ao mandato de deputado federal.

Nos últimos anos, o empresário tem se dedicado mais a política do que aos negócios. Talvez por isso suas empresas tenham passado a enfrentar dificuldades, como é do conhecimento do mercado.

A ausência de João Lyra na gestão do grupo vinha gerando incertezas no próprio grupo e no mercado. A decisão, agora oficializada, muda tudo. Até porque o empresário contratou uma das melhores consultorias empresarias do Brasil, com sede em São Paulo.

Além de fazer uma análise profunda na situação administrativa e financeira do grupo, a consultoria também fará a gestão compartilhada. Será uma atuação profissional, focada em resultados. A determinação é aperfeiçoar processos, recuperar o grupo financeira e administrativamente, saldando os compromissos no curto prazo e preparando as empresas para voltar a crescer.

No mundo da política a saída de João Lyra do comando do PSD pode abrir uma oportunidade para Cícero Almeida resolver de vez sua vida partidária. Em rota de colisão com Benedito de Lira, no PP, o prefeito de Maceió deve assumir em breve o comando do PSD. Terá assim como traçar seu próprio destino, sem depender dos comandantes de outros partidos.

A decisão de João Lyra terá muitos desdobramentos não só em Maceió. É provável que provoque o surgimento de uma nova força política no Estado.

Veja as notas da Coluna Mercado Alagoas:

Gestão
Uma importante empresa de consultoria, sediada em São Paulo, está fazendo uma análise da situação do Grupo João Lyra, ao mesmo tempo em que já exerce uma gestão compartilhada. O objetivo é modernizar e conseguir melhores resultados no funcionamento da administração das unidades do grupo sucroenergético com sede em Alagoas e filiais em Minas Gerais.

 

Almeida e JL
O deputado federal João Lyra não será mais candidato a prefeito de Maceió e já anunciou que passará o comando do PSD em Alagoas para o prefeito Cícero Almeida. As mudanças vão contribuir para que JL dedique mais tempo à administração de suas empresas e ao mandato de deputado federal conquistado em 2010.

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O pré-candidato a prefeito de Maceió do PDT continua trabalhando para convencer os partidos do “chapão” de que a dobradinha com Mosart Amaral, indicado por Cícero Almeida, é a melhor e a mais viável no contexto atual.

Ontem mesmo, ele almoçou com Galba. Explicou a ele pessoalmente as razões de sua escolha. Foi uma boa conversa, mas a pré-candidatura de Novaes continua mantida. Apesar disso, Ronaldo ainda vai voltar a conversar e espera, mais a frente, reverter essa decisão. O ex- governador já conversou com o presidente do PTdoB, Marcos Toledo, e deve conversar nos próximos dias com Rosinha da Adefal. Deve fazer o mesmo com Maurício Quintella, do PR.

“Meu objetivo é reduzir ao máximo o número de pré-candidaturas do bloco”, aponta.

O esforço já vem dando alguns resultados. Além de PDT e PMDB, Lessa já recebeu o aval do PSD e de vários setores do PT. Já a conversa com o senador Fernando Collor “foi muito boa”, diz. “Ele considera que a chapa é muito forte e que tem amplas chances de vitória”, aponta.

Outras conversas já estão marcadas com o PV e com o PcdoB. “Já marquei com o Eduardo Bomfim e espero contar com o apoio do PCdoB, um partido que é estratégico para nosso projeto”, emenda.

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A Conab acaba de fazer um levantamento de safra em todo o Estado. Pode anotar: no sertão e agreste não deu sequer para ter  estimativa. Com a estiagem que se prolongou até o final de semana passado, praticamente ninguém começou plantar.

“Se a chuva que começou a cair desde segunda-feira continuar o produtor pode se animar a plantar feijão e milho. Mesmo assim, a safra tende a ser bem menor”, avalia o superintendente da Conab em Alagoas, Eliseu José Rego.

A estiagem também afeta o principal produto da economia alagoana: a cana-de-açúcar. E, nesse caso, os técnicos já conseguiram fazer uma projeção. A redução na safra 12/13 pode chegar até 18%.

“Se a chuva não vier regularmente  partir de agora, mantendo-se na média ou acima da média a partir de setembro, quando começa a colheita, poderemos ter uma grande redução na produção”, aponta Eliseu.

O presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, ainda não tem números oficiais sobre o tamanho do estrago da seca na próxima safra de cana. Ele espera ter os resultados de um levantamento feito por técnicos do próprio setor na próxima sexta-feira.

“A estiagem tem efeitos mais graves a partir de abril porque com o fim da safra as usinas não tem como manter a irrigação em função do alto custo da energia”, explica.

Ainda assim, Pedro Robério é cauteloso em fazer estimativa de safra. “Sabemos que o canavial foi afetado de formas diferentes nas diferentes regiões do Estado. Só com informações mais detalhadas é que poderemos ter uma previsão real do impacto da seca na produção”.

É muita grana

Se a estimativa da Conab estiver correta, a redução de safra em pode chegar a impressionantes 5 milhões de toneladas de cana. O que isso significa? Um grande abalo na economia alagoana. Cada tonelada de cana, hoje, sai no barato a R$ 70. Multiplique e o valor chega a R$ 350 milhões. Agora, se pensar no produto industrializado, esse valor pode dobrar e passar dos R$ 700 milhões.

Ou seja, vamos todos apelar para os deuses da chuva.

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“Apertem os cintos”. A ordem é de Téo Vilela para os seus secretários e foi dada durante reunião com a equipe no Palácio dos Palmares.

Alagoas, “assim como os outros Estados e o próprio Brasil está sofrendo os efeitos da crise internacional”, revela o governador ao blog.

Entenda por “sofrer os efeitos” uma desaceleração na receita do Estado. A expectativa do governo era de um crescimento acima de 12% este ano. Mas até abril a arrecadação só aumento 8,5%.

Enquanto isso, segundo o governador, os gastos continuam crescendo em ritmo acelerado – especialmente a partir deste mês, quando o estado paga a folha de pessoal com reajuste de 6,5%. O impacto do aumento passa dos R$ 12 milhões por mês segundo o governo.  “Todos terão que fazer sua parte de cortar gastos”, avisa o governador.

Um experiente técnico do governo revelou que a folha de pagamento do Estado deve aumentar de R$ 177 milhões em abril para R$ 195 milhões este mês. “Se a receita crescer abaixo de 10%, o governo terá dificuldades para fechar as contas este ano”, aponta esse servidor.

Claro que por enquanto esse “aperto” não ameaça o pagamento do 13º. Mas é bom ir botando a “barba de molho”.

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