Bancada do PMDB no Senado decide: Renan fica na liderança
   30 de maio de 2017   │     20:48  │  1

Após uma reunião de cerca de duas horas, a bancada do PMDB no Senado decidiu manter Renan Calheiros na liderança do partido, mas impôs uma condição. Na prática, o senador não poderá mais fazer na condição de líder comentários contra as medidas econômicas do governo Michel Temer – entre elas as reforma trabalhista e da previdência – em nome da bancada.

Renan Calheiros segue, no entanto, liberado para falar o que quiser em seu próprio nome.

O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que era cotado para substituir Renan, disse que Renan concordou em não falar mais sobre as reformas trabalhista e previdenciária como líder. No casos avaliados como “temas de discordância”, os vice-líderes do PMDB vão se pronunciar: Kátia Abreu (TO), aliada de Renan, e Valdir Raupp (RO).

Segundo Lira, “Os vice-líderes estão aí para falar pela bancada quando Renan não concordar”, disse Lira.

Apesar de buscar aproximação com o Planalto – como registrado aqui – Renan continua atuando nos bastidores contra a reforma trabalhista no Senado.

Nesta terça-feira, o senador postou nas redes sociais dois vídeos que retratam bem esse momento. Num vídeo, ele agradece a Temer pela ajuda a Alagoas no enfrentamento aos estragos das enchentes, no outro mantém as críticas as reformas trabalhista e da previdência.

A manutenção de Renan Calheiros na liderança do PMDB ganhou repercussão na imprensa nacional.

Leia o que diz o Estadão:

Após acordo, Renan permanece na liderança do PMDB

Condição é de que senador não faça comentários contra medidas econômicas do governo em nome da bancada do PMDB

Após reunião de cerca de duas horas nesta terça-feira, 30, a bancada do PMDB no Senado decidiu que o líder do partido na Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), continuará no cargo. Sem votação, os integrantes do partido fizeram um acordo simbólico para manter Renan na liderança, desde que ele não faça mais comentários contra as medidas econômicas do governo em nome da bancada.

Segundo um dos aliados de Renan, Hélio José (PMDB-DF), não houve votação durante a reunião, como estava previsto, e a decisão pela permanência foi consensual. “Se a posição da maioria for a favor da reforma trabalhista, por exemplo, Renan não vai de manifestar”, declarou Hélio.

Às vésperas da reunião da bancada que poderia retirá-lo da liderança do PMDB do Senado, Renan distribuiu afagos a presidente Michel Temer e à bancada do partido. Em discurso na tribuna da Casa, na segunda-feira, 29, o alagoano poupou o governo de suas críticas recorrentes e preferiu cumprimentar o presidente.

Nesta terça, em mais um gesto de aproximação com o governo, o líder do PMDB disse que a maior “demonstração do seu bom senso” com relação ao presidente Temer foi não criticar a indicação do ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio para o Ministério da Transparência. Serraglio acabou recusando o cargo nesta terça.

Há cerca de três meses, Renan já havia criticado a escolha de Serraglio para a pasta da Justiça, por considerá-lo um dos aliados do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba. Segundo ele, Cunha chantageava o presidente Temer. “Em que outra circunstância o Osmar seria ministro da Justiça?”, questionou o alagoano na época.

Leia aqui, na íntegra:

http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,apos-acordo-renan-permanece-na-lideranca-do-pmdb,70001819522

COMENTÁRIOS
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  1. Alagoana

    Então fica como líder do pmdb, e não fala nada em prol do povo, só tudo por interesse mesmo, não adianta.

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