A data base para reajuste dos servidores públicos de Maceió é janeiro. Já se vão cinco meses e, até agora, só a promessa de reunião, no próximo dia 5 de junho, em que o prefeito Rui Palmeira vai apresentar o relatório financeiro do município no primeiro quadrimestre do ano e apontar se dará algum reajuste ou não para os servidores este ano.
Apesar das dificuldades financeiras, o prefeito deve oferecer uma proposta, provavelmente abaixo dos 4,5% concedidos pela prefeitura no ano passado.
A data base para reajuste dos servidores públicos do estado é maio. E até agora, com o mês já no fim, o governo faz mistério.
No caso sós servidores da Educação, que buscam uma negociação em separado, a situação é ainda pior.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação de Alagoas (Sinteal), Consuelo Correia, diz que ainda não conseguiu se reunir até agora com o secretário de Educação e vice-governador de Alagoas, Luciano Barbosa, para discutir a proposta de reajuste salarial dos servidores da Pasta: “já mandamos vários ofícios pedindo uma reunião e até agora ele sequer respondeu”, revela.
Seja como for, Consuelo vai apresentar ao governo a proposta de reajuste salarial para os trabalhadores da educação este ano: “estamos propondo 7,64%, mesmo reajuste do piso nacional dos professores”, adianta.
A proposta será avaliada em assembleia da categoria hoje a tarde, em Maceió: “vamos ouvir os trabalhadores para decidir como será a nossa luta”, emenda.
Os trabalhadores da educação, adianta Consuelo, é quem vão dizer qual o tom das negociações com prefeitura e governo a partir de agora: “vamos ouvir a categoria e será com esse sentimento que iremos para a negociação com o governo e a prefeitura de Maceió”, aponta.
A assembleia geral das redes estadual e municipal de Maceió será a partir das 14h desta quarta-feira, 31, na sede do Sinteal, no Mutange.
Na pauta, entre outros pontos, a campanha salarial de 2017 e informes gerais. Nesse último ponto, Consuelo deve dizer que, ao contrário de Luciano Barbosa, vem conversando com a secretária de Educação de Maceió, Ana Dayse. “O diálogo com a secretária tem acontecido com tranquilidade. Ela pediu prazo e deve apresentar uma proposta, na próxima semana”, pondera.
Cada um na sua
A presidente do Sinteal diz que negociação com os secretários de educação, além das negociações com o conjunto dos servidores com governador e prefeito, é importante porque o setor tem recursos próprios e é preciso avaliar a situação financeira do Fundeb do estado e dos municípios. “Em algumas cidades, como Maceió, quase 100% do fundo é utilizado para pagar pessoal. O caso do Estado tem sobra, tanto que é feito o rateio no final do ano”, pondera.
