“Disputa” por cargos federais em AL só será resolvida após eleição na Câmara e Senado
   24 de janeiro de 2023   │     20:09  │  0

A indicação para cargos federais em Alagoas movimenta os bastidores da política no Estado. Grupos adversários nas eleições de 2022 no cenário local estão alinhados nacionalmente com o governo do presidente Lula. Do deputado federal Paulão (PT-AL) ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

O PT de Alagoas já encaminhou para a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann uma lista com sete cargos que estão na preferência do partido, entre eles Codevasf, Dnit, CBTU e Porto de Maceió – os mais desejados por dez entre dez políticos alagoanos.

Não são só estes. Outros cargos também estão em “disputa”, a exemplo do Incra, INSS, SFA, Funasa, DNOCS e Conab.

O presidente do diretório estadual no Estado, Ricardo Barbosa, avalia que o PT deverá ter um espaço maior nas indicações, mas avisa que está ciente de que o governo é de coalização e que as indicações vão seguir critérios nacionais, a partir de alianças com outros partidos.

“Defendemos uma participação maior, por tudo que o PR representa e por ser o partido do presidente Lula. Por isso apresentamos uma relação de órgãos que estão no nosso interesse e que deverão preenchidos a partir de debate, prevalecendo a democracia interna partidária”, aponta.

O líder do MDB na Câmara dos Deputados, Isnaldo Bulhões Junior (MDB-AL) avalia que as indicações para o comando de órgãos federais no Estado só deverá ser resolvida após as eleições das mesas diretoras do Senado e da Câmara dos Deputados. “Minha impressão é que nada será resolvido antes das definições das bancadas do governo nas duas casas, o que só deve acontecer nos primeiros dias de fevereiro”, aponta.

O deputado federal Paulão (PT), que deve ser eleito para coordenar a bancada federal de Alagoas, confirma a informação de Isnaldo Bulhões. “A bancada de Alagoas só vai se reunir para discutir isso após as eleições da mesa diretora. Vamos reunir a bancada, eleger o coordenador e em seguida discutir critérios para indicações”, aponta.

As indicações, segundo Paulão, serão feitas a partir de orientação do governo federal. “É preciso saber quais partidos vão participar da base do governo, mas por regra todos os partidos que dão sustentação no Congresso Nacional participam da gestão, sejam em cargos nacionais ou nos Estados”, pondera.