O deputado federal João Caldas, presidente do Partido Ecológico Nacional em Alagoas, é um ecologia nada ortodoxo. Ele fez questão de registrar em discurso na Câmara Federal, nessa sexta, 21, a defesa da construção de uma usina nuclear no sertão de Alagoas.
Para ele o local ideal para abrigar uma das três novas usinas nucleares a serem construídas pelo governo brasileiro nos próximos dez anos, seria Delmiro Gouveia, em função de vantagens naturais, como a água do rio São Francisco (que poderia ser usada para o resfriamento da unidade), e da logística de distribuição de energia existente na cidade, pror conta da Chesf.
O investimento, segundo Caldas, compensa qualquer risco: “Serão investidos R$ 10 bilhões, além disso teremos a geração de empregos e riquezas, beneficiando uma região carente”, aponta.
Sempre polêmico
Conhecido pela sua capacidade de articulação em Brasília, JC consegue surpreender, sempre. Foi ele quem tirou o PSC das mãos de Cícero Almeida e levou o partido a apoiar Rui Palmeira. Ele também conseguiu – no jargão político – “dar uma rasteira” no prefeito, complicando sua participação no PEN.
Caldas também surpreende pelas suas idéias inovadoras, mas nem sempre viáveis. A mais recente, antes da usina nclear, foi a proposta de transferência do quartel do Exército da Fernandes Lima para outro local.
Foi JC, como já disse antes, quem apresentou German Efromovich ao governador Téo Vilela, tornando-se num dos padrinhos do estaleiro que, ainda se espera, um dia vai ser construído.
O discurso
A assessoria do deputado mandou release sobre o discurso, que reproduzo a seguir:
Em discurso na tribuna da Câmara, nesta sexta-feira em Brasília, o deputado João Caldas (PEN) falou sobre a indicação encaminhada por ele à presidente Dilma Roussef, para que ela veja Alagoas com potencial necessário, para receber a usina nuclear pretendida pelo Governo Federal no Nordeste. Caldas acredita que o empreendimento vai gerar emprego e renda, principalmente no sertão de alagoano.
João Caldas relembrou da época em que foi membro da Comissão do Apagão e conheceu todo o potencial hídrico do Brasil, tendo inclusive, a oportunidade de ouvir várias palestras do Prof. Ziele Dutra, presidente da ELETRONUCLEAR. Na época, também visitou Angra 1, Angra 2 e teve acesso ao projeto de Angra 3, inclusive de visitar os departamentos onde estavam os reatores.
O tema foi abordado pelo parlamentar devido ao interesse do Governo Federal de levar uma usina nuclear para o Nordeste brasileiro. “Já que foi refinaria para Pernambuco, para Bahia, Premium II para o Ceará, Rio Grande do Norte, Prêmio I para o Maranhão, Alagoas gostaria muito que esse investimento de mais de 10 bilhões fosse para Alagoas”, disse. “No triângulo, em Delmiro Gouveia, o Rio São Francisco, que precisa de água para a usina nuclear; na Bahia, com Paulo Afonso; do outro lado, Pernambuco, e a hidrelétrica de Xingó. Temos a hidrelétrica de Paulo Afonso, a hidrelétrica de Xingó, com estrutura da CHESF, casas de engenheiro, campo de pouso em Paulo Afonso. Há toda uma logística naquele Triângulo”, explicou
Para o parlamentar alagoano, o sertão seria o melhor lugar para a construção da usina, pois existem os Municípios de Delmiro, Piranhas, Olho DÁgua do Casado, Pão de Açúcar e Delmiro Gouveia, que ficam no triângulo – Alagoas, Bahia e Pernambuco.
Caldas explicou que a sua ideia seria instalar a usina no sertão, às margens do Rio São Francisco, sertão de Alagoas, sertão da Bahia e no sertão de Pernambuco, com toda essa logística.
Não voto nele, mas concordo com ele. Alagoas está aos trancos e barrancos. Que venham as usinas.
Me parece uma ótima ideia. O problema maior, continua a ser : aonde conseguir mão de obra !
CALMA, JOÃO CAALDAS. POIS TEU MANDATO ESTÁ COM OS DIAS CONTADOS. VOCE, QUANDO PEGA UMA CARONA NA CÃMARA FEDERAL, APARECE LOGO INVENTANDO. CUIDA DATUA POBRE IBATEGUARA.