A estiagem prolongada aumenta, cada dia sem chuvas, as perdas para a agricultura e pecuária de Alagoas. Somente no setor sucroalcooleiro, as perdas devem passar dos R$ 500 milhões na safra 2012/2013.
A estimativa é oficial. O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL) divulgou hoje a nova expectativa de redução de safra: a produção será menor entre -12,5% e -15% e ficará abaixo de 25 milhões de toneladas de cana.
“Além da perda agrícola enfrentamos problemas de mercado, por conta da perda de competitividade do etanol e da crise financeira internacional. Em função dessa complexidade de fatores mais de R$ 500 milhões vão deixar de circular na economia alagoana nesta safra”, aponta Pedro Robério Nogueira.
A safra de cana de Alagoas normalmente começa em setembro e se estende até o final de março ou início de abril. Com a seca, o presidente do Sindaçúcar-AL avalia que a moagem terminará pelo menos um mês mais cedo. “A colheita se estende, no máximo, até fevereiro e deve terminar logo depois do carnaval”, enfatiza.
Emprego e renda
O setor sucroalcooleiro ainda é o que mais emprega em Alagoas. São cerca de 100 mil empregos diretos durante a sara e 40 mil na entressafra. Um mês a menos de safra significa também um mês a menos de faturamento para as indústrias, mas também um mês a menos de salários para milhares de trabalhadores.
Com a safra 2012/2013 entrando na reta final, a expectativa agora é que 2013 chegue trazendo chuvas. Do contrário a próxima safra será pior.
“Se voltar a chover a partir de janeiro, não teremos nenhum impacto positivo nesta safra, mas pelo menos vamos garantir o desenvolvimento do canavial para o próximo ciclo. Se não chover, o quadro tende a se agravar ainda mais”, avalia Pedro Robério Nogueira.
É PRECISO ABRIR NOVAMENTE OS COFRES DA SECRETARIA DA FAZENDA,POIS OS USINEIROS ESTÃO COM MUITA FOME,UMA FOME CANINA MESMO.