Prefeitura de Maceió vai usar tecnologia para compensar falta de agentes de trânsito
   28 de junho de 2013   │     13:44  │  5

O primeiro ato de Cícero Almeida como prefeito de Maceió, no dia 2 de janeiro de 2005, foi subir num a escada para inutilizar, com as próprias mãos, pardais que atormentavam com multas em série os motoristas.

O ex-prefeito foi taxista e sabia que equipamentos desse tipo pega todo penaliza de motorista, mesmo os mais cuidadosos. A retirada dos pardais poderia aumentar o número de acidentes, segundo os defensores do equipamento. Isso nunca foi comprovado, mas em contra partida o número de multas caiu.

Na gestão do prefeito Rui Palmeira, o tema ainda gera controvérsias. A SMTT quer usar pardais, câmeras e outros equipamentos para fiscalizar o trânsito.

O uso da tecnologia é, na avaliação do superintendente da SMTT, Tácio Melo, uma alternativa para compensar o reduzido número de agentes de trânsito nas ruas da cidade.

“A tecnologia pode resolver em parte esse problema. Com o equipamento adequado é possível melhorar a produtividade do agente de trânsito e, em alguns casos, suprir a faltaq de pessoal”, explica.

Tácio reconhece que Maceió precisaria de pelo menos 400 agentes. Hoje o efetivo é de 200 e a prefeitura enviou projeto para a Câmara Municipal de Maceió aumentou para 250 as vagas de agentes.

De acordo com apropria SMTT existem 159 concursados na reserva técnica que poderiam ser contratados. “O prefeito gostaria de contratar mais, no entanto faltam recursos financeiros”, explica Tácio.

O próprio Rui Palmeira confirma que enfrenta dificuldades financeiras: “meu desejo era contratar todos. Infelizmente, não temos recursos, além do problema da LRF”, explica o prefeito.  Maceió estaria hoje no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O custo da tecnologia

De acordo com a SMTT o salário inicial de um agente de trânsito hoje é de cerca de R$ 1,3 mil. O valor é menor do que era (ou é) gasto com o pagamento do aluguel do equipamento que eles trabalham.

De acordo com informações da SMTT, b)  a locação de 50 Smartphones com impressoras e outros equipamentos de equipamentos da empresa Martins  & Neri Ltda  custa R$ 131.250,00 por mês. São esses equipamentos utilizados pelos agentes nas viaturas ou nas fiscalizações a pé.

Outro contrato mensal com a Servipa –  Serviço de vigilância eletrônica (câmeras de rua) resulta em gastos mensais da ordem de R$ 41.772,50. Os valores desses eram maiores e foram reduzidos em 40%. De acordo com a SMTT, a renegociação com fornecedores, em março deste ano, permitiu a redução de gastos mensais de R$ 421 mil para R$ 263 mil. Mais detalhes no link a seguir.

http://www.smtt.maceio.al.gov.br/portal/noticia.jsf?noticia=335

Audiência na Câmara

Como só retorno de viagem a Maceió amanhã, não pude acompanhar a audiência pública sobre transporte público na Câmara Municipal, hoje pela manhã, atendendo convite da reserva técnica dos agentes da SMTT.

Pelo twitter (https://twitter.com/Camara_Maceio) acompanhei os principais pronunciamentos ( pelo menos no twitter os debates continuam) e percebi que a questão da contratação dos agentes de trânsito foi discutida.

Câmara de Maceió @Camara_Maceio:  “Chico (Chico Filho, presidente da Câmara) comemora projeto que ampliará para 250 vagas o número de agentes de trânsito e a implementação da produtividade”

Câmara de Maceió @Camara_Maceio: Tácio Melo diz que encontrou SMTT sem recursos em caixa e que está convocando 50 novos agentes de trânsito até setembro.

 

COMENTÁRIOS
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  1. Rodrigo Ataíde

    Não há equipamento no mundo capaz de substituir a mão-de-obra humana, num trabalho como o dos agentes, para fazê-lo com tamanha eficácia (e eficiência). Se for para auxiliar os agentes, ótimo; mas para substituir, é ilógico! Maceió carece de efetivo desses agentes, pois é mais que dinheiro que está em jogo: é a vida das pessoas.

  2. cleiton

    A SMTT quer usar pardais, câmeras e outros equipamentos para fiscalizar o trânsito.
    O uso da tecnologia é, na avaliação do superintendente da SMTT, Tácio Melo, uma alternativa para compensar o reduzido número de agentes de trânsito nas ruas da cidade.
    Galera, peraí; e como é que fica a galera da reserva, que se esforçou tanto pra passar nesse concurso e ainda espera essa tão sonhada nomeação? Eles estão de brincadeira com a gente né?

  3. Diogo nascimento

    Gostaria de agradecer, a atenção que este nobre jornalista, tem dispensando a essa causa que o transito de Maceió.
    Realmente o assunto da contratação da reserva técnica da SMTT foi discutido, porém com toda falácia politica “LRF” inerente ao prefeito de Maceió, representado na pessoal do superintendente. Mais uma vez, ele falou que o município não tinha condições financeira para nomear todos os integrantes da reserva técnica do ultimo concurso.
    contrariando o que foi dito por eles, a vereadora Heloisa Helena, disse que apresentou um projeto que visava a nomeação dos agentes transito e de fiscais de postura, disse ainda que o município possui uma folga financeira na ordem de 44 milhões de reais. de modo que essa falácia de LRF, nada mais é que displicência com transito da capital e com a vida das pessoas. o anuário do DETRAN/AL 2011/2012, mostra que de janeiro de 2011 a abril de 2012, foram registrados cerca de 2.300 vitimas de acidentes de transito -sem gravidade- custando em media 3.300 reais cada, e 850 vitimas fatais, custado em media 35 mil cada. agora eu pergunto; É mais caro investir em prevenção, através da fiscalização dos agentes… ou gasta 30 milhões por ano com vitimas do transito, sobrecarregando o SUS.

  4. Carlos

    Prezado Edivaldo, um passo foi dado, inclusive a reserva técnica agradece pela ajuda dada por este repórter, entretanto, o número de futuros nomeado ainda será pequeno, pois se dividirmos estas nomeações por GO, aumentará pouco mais de 10 agentes por dia, ou seja, um número ainda insuficiente.

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