Monthly Archives: junho 2013

PT de Alagoas racha entre Biu, Renan e candidatura própria
   28 de junho de 2013   │     19:56  │  5

A força do Partido dos Trabalhadores de Alagoas não reflete, como se sabe, o poder do PT a nível nacional. Por isso um número cada vez maior de petistas defende que o PT de Alagoas deixe de “andar a reboque” de outras legendas. Esse segmento acredita que o melhor caminho é ter candidatos próprios numa chapa de “cabo a rabo”.

Se os “caciques” do PT deixarem a militância decidir, não há menor possibilidade de escolha diferente.

Mas não é o que vai acontecer. Em nome da “reeleição” da presidente Dilma Rousseff o atual presidente do PT, Joaquim Brito, e o provável futuro presidente da legenda no estado, o deputado federal Paulão, devem defender uma aliança com o PMDB de Renan Calheiros para o governo.

A aliança com o PMDB já foi “unanimidade” no diretório do partido no passado. Mas hoje a história é outra. Deputado estadual Ronaldo Medeiros, candidato a vice-presidente do partido, sinaliza que prefere Benedito de Lira.

Ele fez questão de avisar que está marcando um café da manhã do PT com Biu na próxima segunda-feira. Será um encontro nos moldes do que foi realizado recentemente com o senador Fernando Collor que é, em princípio, candidato à reeleição e deve ter o apoio dos petistas.

Café “para todos”

Biu de Lira confirma para a próxima segunda-feira o café da manhã com dirigentes e lideranças do PT de Alagoas. Será um encontro onde o senador vai apresentar seu nome como opção para o governo de Alagoas.

O senador fez questão de avisar que será um encontro com todo o partido, com todas as suas facções. Será o deputado estadual Ronaldo Medeiros e seu grupo se recusou a ir ao café da manhã com Renan Calheiros?

Prefeitura de Maceió vai usar tecnologia para compensar falta de agentes de trânsito
     │     13:44  │  5

O primeiro ato de Cícero Almeida como prefeito de Maceió, no dia 2 de janeiro de 2005, foi subir num a escada para inutilizar, com as próprias mãos, pardais que atormentavam com multas em série os motoristas.

O ex-prefeito foi taxista e sabia que equipamentos desse tipo pega todo penaliza de motorista, mesmo os mais cuidadosos. A retirada dos pardais poderia aumentar o número de acidentes, segundo os defensores do equipamento. Isso nunca foi comprovado, mas em contra partida o número de multas caiu.

Na gestão do prefeito Rui Palmeira, o tema ainda gera controvérsias. A SMTT quer usar pardais, câmeras e outros equipamentos para fiscalizar o trânsito.

O uso da tecnologia é, na avaliação do superintendente da SMTT, Tácio Melo, uma alternativa para compensar o reduzido número de agentes de trânsito nas ruas da cidade.

“A tecnologia pode resolver em parte esse problema. Com o equipamento adequado é possível melhorar a produtividade do agente de trânsito e, em alguns casos, suprir a faltaq de pessoal”, explica.

Tácio reconhece que Maceió precisaria de pelo menos 400 agentes. Hoje o efetivo é de 200 e a prefeitura enviou projeto para a Câmara Municipal de Maceió aumentou para 250 as vagas de agentes.

De acordo com apropria SMTT existem 159 concursados na reserva técnica que poderiam ser contratados. “O prefeito gostaria de contratar mais, no entanto faltam recursos financeiros”, explica Tácio.

O próprio Rui Palmeira confirma que enfrenta dificuldades financeiras: “meu desejo era contratar todos. Infelizmente, não temos recursos, além do problema da LRF”, explica o prefeito.  Maceió estaria hoje no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O custo da tecnologia

De acordo com a SMTT o salário inicial de um agente de trânsito hoje é de cerca de R$ 1,3 mil. O valor é menor do que era (ou é) gasto com o pagamento do aluguel do equipamento que eles trabalham.

De acordo com informações da SMTT, b)  a locação de 50 Smartphones com impressoras e outros equipamentos de equipamentos da empresa Martins  & Neri Ltda  custa R$ 131.250,00 por mês. São esses equipamentos utilizados pelos agentes nas viaturas ou nas fiscalizações a pé.

Outro contrato mensal com a Servipa –  Serviço de vigilância eletrônica (câmeras de rua) resulta em gastos mensais da ordem de R$ 41.772,50. Os valores desses eram maiores e foram reduzidos em 40%. De acordo com a SMTT, a renegociação com fornecedores, em março deste ano, permitiu a redução de gastos mensais de R$ 421 mil para R$ 263 mil. Mais detalhes no link a seguir.

http://www.smtt.maceio.al.gov.br/portal/noticia.jsf?noticia=335

Audiência na Câmara

Como só retorno de viagem a Maceió amanhã, não pude acompanhar a audiência pública sobre transporte público na Câmara Municipal, hoje pela manhã, atendendo convite da reserva técnica dos agentes da SMTT.

Pelo twitter (https://twitter.com/Camara_Maceio) acompanhei os principais pronunciamentos ( pelo menos no twitter os debates continuam) e percebi que a questão da contratação dos agentes de trânsito foi discutida.

Câmara de Maceió @Camara_Maceio:  “Chico (Chico Filho, presidente da Câmara) comemora projeto que ampliará para 250 vagas o número de agentes de trânsito e a implementação da produtividade”

Câmara de Maceió @Camara_Maceio: Tácio Melo diz que encontrou SMTT sem recursos em caixa e que está convocando 50 novos agentes de trânsito até setembro.

 

Líder empresarial de Alagoas dá nova lição a paulistas: crise se vence com trabalho
     │     9:49  │  0

Ao lado de Geraldo Alcmin, José Carlos Maranhão fala ao receber prêmio em São Paulo

Ao lado de Geraldo Alcmin, José Carlos Maranhão fala ao receber prêmio em São Paulo

No final dos anos 1970 o Brasil iniciava o Proalcool. A resposta brasileira à crise mundial do petróleo se transformou no maior programa de energia renovável do mundo.

O que poucos sabiam, até ontem a noite, é que os responsáveis pelo sucesso do Programa do Alcool foram empresários de e técnicos de Alagoas.

Homenageado nesta quinta-feira a noite, no prêmio Top Ethanol, em São Paulo, por empresários do setor sucroalcooleiro de todo o país, José Carlos Maranhão, diretor da Usina Santo Antônio, de São Luiz do Quintunde, AL,  ajudou a consolidar o Proalcool no Brasil.

Ele foi escolhido como presidente da Associação Nacional dos Produtores de Álcool. “Naquela época os fazendeiros paulistas que começavam a produzir cana eram pecuaristas que não conheciam do assunto e foram me buscar em Alagoas”, lembra Maranhão.

Como presidente da Associação, Maranhão percorreu São Paulo e o Brasil promovendo o programa do álcool e esteve algumas vezes, na nos anos 1980, com o então presidente João Figueiredo e com o ex-ministro da Fazenda Delfim Neto.

“Eu sempre ia acompanhado do Cândido Toledo (já falecido) que fazia a parte técnica. Onde a gente chegava explicava as vantagens do programa e logo a produção de cana ganhou força em todo o país”, lembra.

Depois de “ensinar” paulista a produzir cana e álcool, José Carlos Maranhão deu, ao receber o prêmio, mais uma lição aos produtores de cana de São Paulo e de outros estados que estão participando do Ethanol Summit, encontro internacional que acontece até esta sexta-feira em São Paulo.

Ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o líder empresarial de Alagoas fez uma referência ao tema que dominou os debates no encontro: a crise de mercado que afeta o setor canavieiro do país.

“Eu ia terminar minhas palavras falando do passado, mas depois de ver e ouvir tantas pessoas falar de crise eu queria dizer que num livro sobre a história do setor sucroalcooleiro no Brasil o economista Celso Furtado registra que a primeira crise da cana aconteceu em nosso país no ano de 1590. Desde então, temos convivido sempre com algum tipo de crise e sempre seguimos em frente. O que digo hoje é que devemos continuar sem medo: crise se vence com determinação e trabalho, muito trabalho”, disse Maranhão que foi –após essas sábias palavras de um homem de 73 anos – aplaudido com entusiasmo.

Parceria entre Grupo JL e Bob Lyra não deve avançar, avaliam empresários
   27 de junho de 2013   │     19:19  │  0

A possibilidade de parceria entre os empresários Robert Lyra, da Delta Sucroenergia, e João Lyra, presidente do Grupo JL, continua no campo do sigilo.

Mas a possibilidade desse negócio vingar parece cada vez mais remota. Estou em São Paulo participando do Ethanol Summit, encontro internacional sobre o setor sucroalcooleiro. Aqui conversei com vários empresários alagoanos. Nenhum acredita nessa possibilidade.

“Não há sinal de que algo desse tipo vá acontecer”, me disse um importante emprsário do setor.

A Delta Sucroenergia também mantém silêncio em torno da questão. Depois de emitir uma nota sobre o assunto há quase dois meses, o empresário Robert Lyra, que também é sobrinho de JL, silenciou.

O empresário João Lyra também não se manifestou mais sobre a questão, desde a nota que publicou em abril deste ano. Eu consultei as assessorias dos dois grupos, que também informaram não ter “nenhuma novidade”.

Avaliação

Desde que as negociações foram tornadas púbicas, em abril deste ano, uma equipe de técnicos da Delta Sucroenergia foi deslocada para Alagoas para fazer um levantamento  da situação das usinas do grupo João Lyra. Esse levantamento foi concluído em maio passado e ficou faltando apenas o entendimento entre Bob e JL.

Advogados, agrônomos, engenheiros e contadores trabalharam para fazer um diagnóstico das empresas e para definir um plano de viabilidade para as cinco usinas do Grupo.

A propostas inicial seria de arrendamento. A Delta Sucronenergia assumiria o controle das empresas, negociando os pagamentos com os credores do Grupo JL, cuja dívida é estimada em mais de R$ 1,2 bi.

Até agora a questão tem sido tratada como uma “parceria” em notas oficiais tanto por Bob Lyra quanto por João Lyra, o que indica que o acordo a ser feito pode ser o arrendamento das cinco usinas –duas indústrias de Minas Gerais e três de Alagoas – com opção de compra.

Leia a nota do grupo JL divulgada no dia 23 de abril

“A presidência do Grupo João Lyra, através do empresário João Lyra, em conjunto com a presidência do Grupo Delta Sucroenergia, através do seu presidente Robert Lyra, vem à público informar que estão em avançado processo de negociação e que poderão em breve anunciar ao mercado a conclusão desta parceria. João Lyra, presidente do Grupo JL”.

Leia a nota da Delta, divulgada no 1º de maio

“Desde o dia 19 abril, conforme nota assinada pelo Presidente do Grupo JL, estamos discutindo a formatação de potencial parceria entre nossas empresas.

As negociações nunca foram suspensas e seguem no ritmo esperado em negócios com essa complexidade.  Reafirmamos o nosso integral compromisso com a ética, respeito às Instituições, à sociedade, ao mercado e, especialmente, a todos os que fazem o Grupo JL. Robert Lyra -Presidente Delta Sucroenergia.

Um crise que afeta 3 empresas e mais de 10 mil empregos em Alagoas

O mercado especula que Bob Lyra pode assumir o comando  de todas as cinco usinas do Grupo JL. São três unidades em Alagoas (Uruba, Guamuxa e Laginha) e duas em Minas Gerais (Vale do Parnaíba e Triácool). Somente em Alagoas as empresas são responsáveis pela geração, hoje, mesmo com a crise, de mais de 10 mil empregos diretos.

O controle seria assumido por Bob através de arrendamento, transferência do controle de 50% mais um das ações do Grupo JL. Os detalhes não foram revelados.

A crise financeira que afeta o Grupo João Lyra, que já foi um dos maiores do Brasil, se agravou a partir de 2008, quando o empresário fez um pedido de recuperação judicial (antiga concordata) para negociar dívidas com bancos – inclusive internacionais. O valor do débito é desconhecido. Só com um banco da Inglaterra passa dos US$ 70 milhões. A dívida total, incluído débitos com fornecedores, passaria de R$ 1 bilhão.

A parceria com Robert Lyra, que vem negociando com João Lyra, segundo pessoas ligadas aos dois empresários, desde fevereiro deste ano, poderá estacar a crise  no grupo e marcar o começo da recuperação das empresas em Alagoas e Minas Gerais.

Há quem diga que o maior interesse de Robert seria assumir, de imediato, o controle das duas usinas Minas Gerais, onde a Delta já atua. Como não foram fornecidos maiores detalhes essa hipótese continua no campo da especulação.

Líder empresarial de Alagoas é homenageado em São Paulo
     │     13:01  │  0

O industrial José Carlos Maranhão, diretor do Grupo Maranhão, que reúne as usinas Santo Antonio e Camaragibe, será homenageado hoje a noite, em São Paulo, no 4º Prêmio TOP Etanol.

Considerado uma das maiores premiações do setor sucroenergético nacional, o evento será realizado, no Grand Hyatt Hotel, em São Paulo.

Com 73 anos, José Carlos Maranhão é uma referência no mundo econômico e empresarial de Alagoas e está sendo homenageado em função da contribuição que deu ao desenvolvimento do setor sucroenergético no país.

Ele foi o primeiro presidente da Associação Nacional dos Produtores de Álcool. A partir dessa associação, foram criados sindicatos e a União da Agroindústria de São Paulo (Única).

José Carlos ajudou a consolidar o programa do álcool no Brasil e em função do seu esforço o setor presta uma homenagem em reconhecimento ao trabalho do industrial na consolidação do etanol no Brasil.

Vários empresários de Alagoas participam, nesta quinta a noite, da homenagem a José Carlos Maranhão. Entre eles, Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindaçúcar-AL, Fernando Farias, diretor da Usina Caeté, Elias Vilela, diretor da Cooperativa Regional dos Produtores de Açúcar e Álcool de Alagoas e Juscelino Souza, presidente do Grupo Coruripe.

“A homenagem a José Carlos Maranhão é um justo reconhecimento ao seu empreendedorismo e a grande contribuição que ele deu e continua dando ao setor no Brasil. Como empresário, ele continua a frente de um dos mais importantes grupos de Alagoas, contribuindo para a geração de empregos e para o desenvolvimento do nosso estado”, diz Pedro Robério Nogueira.

José Carlos diz que está muito feliz com a homenagem. Além de um reconhecimento  pelo trabalho que ele realizou no passado, o prêmio também é um estímulo para que ele continue trabalhando: “trabalho todos os dias com vontade e determinação e um prêmio como esse vai me estimular ainda mais a continuar minha jornada”, aponta..

Ethanol Summit

Também nesta quinta, lideranças do setor sucroenergético alagoano e nacional participam da abertura oficial do quarta edição do Ethanol Summit 2013. Organizado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), este ano, o evento terá como tema o décimo aniversário da introdução do carro flex no Brasil; o futuro do setor sucroenergético brasileiro; a chegada do etanol celulósico e novos usos e produtos baseados na cana-de-açúcar.