Um ano depois do lançamento do projeto de Call Center da Almaviva do Brasil, em Maceió, anunciado em primeira mão neste blog, o governo de Alagoas anunciou outra operação importante operação no setor.

O primeiro empreendimento, vamos relembrar, começou a operar a partir de dezembro de 2013 ano com cerca de 600 profissionais – a maioria jovens que serão capacitados e iniciarão em caráter provisório as operações da unidade.  O projeto da Almaviva prevê investimentos de R$ 30 milhões e geração de até 5mil empregos quando todas as três etapas de instalação forem cumpridas.

Atualmente AlmaViva emprega cerca de duas mil pessoas. Em breve a empresa vai funcionar na Via Expressa em área de 10 mil m², viabilizada pelo estado e prefeitura.

Nessa quarta-feira, 26, o governador Teotonio Vilela Filho lançou, em Arapiraca, o projeto de instalação do callcenter AeC Centro de Contatos S/A. Com investimento de R$12 milhões, o empreendimento contará com uma estrutura de 6mil m², que abrigará 1.100 Posições de Atendimento (PAs).

Consolidando-se entre as três maiores empresas do segmento no Brasil, o call center inicia suas operações em janeiro de 2015 com previsão de gerar inicialmente 1.200 empregos diretos e possibilidade de ampliação quando as obras estiverem concluídas em abril do mesmo ano. Em média, cada PA gera três postos de trabalho.

Somados os dois empreendimentos no setor de Call Center terão capacidade para gerar mais de 8 mil empregos em Alagoas. É importante destacar que, apesar da baixa remuneração média do segmento, os calls centers funcionam como porta de entrada dos jovens no mercado de trabalho, além de absorver a mão de obras de jovens que não precisam de qualificação para a ocupar a função.

Incentivos

Segundo a secretária de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Poliana Santana, as transformações que o mercado alagoano vem sofrendo nos últimos oito anos com a chegada de novas indústrias é reflexo de um trabalho conjunto de incentivos promovidos pelo governo. “Desde 2007, sempre buscamos atrair e captar negócios que poderão desenvolver nossa economia. A chegada do call center é mais um resultado desse processo, que tem aumentado nossa competitividade dentro e fora do Estado”, ressalta.

Depois de realizar pesquisas pelo País, a empresa encontrou em Alagoas um cenário favorável para a instalação do empreendimento. “Quando conhecemos Arapiraca, identificamos de imediato um potencial enorme. Além disso, ela tem as condições ideais para a instalação da nossa unidade, visto que é cidade de médio porte, com muitos jovens de bom nível educacional e em busca de oportunidades de emprego e crescimento profissional”, explica Alexandre Moreira, representante da empresa.

A AeC é uma das maiores empresas de outsourcing do Brasil, com mais de 20 anos de mercado. Oferece serviços de contact center em todo o País, atendendo empresas de diversos segmentos, como telecomunicações, bancos, governo e serviços de saúde, entre outros.  A empresa conta com unidades em Minas Gerais, São Paulo, Paraíba e Ceará. Hoje, a AeC emprega aproximadamente 25 mil pessoas.

Teotonio Vilela fala durante lançamento de porjeto de Call Center em Arapiraca

Dados do Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, divulgados nesta terça-feira, 25, mostram Alagoas em último lugar no entre as 27 unidades federativas brasileiras no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal.

O IDHM do Estado ficou em 0,631 ou 0,096 abaixo do IDHM do Brasil, que ficou em 0,727.

Poderia ser pior. E já foi muito pior. Apesar de permanecer em último no ranking, Alagoas foi o estado que teve o segundo maior crescimento no índice geral e o maior crescimento no IDHM Educação.

O bom desempenho aponta para a melhora da qualidade de vida do alagoanos e mostra que o estado tem recuperado terreno, diminuindo as desigualdades em relação as regiões mais ricas e desenvolvidas do Brasil. Sair do último lugar, se contiuar assim será uma questão de tempo e uma tarefa de todos os alagoanos e não apenas do governador e dos prefeitos do momento.

Como você vê?

Nem tudo são espinhos nos indicadores sociais de Alagoas. Dependendo do “olhar” de cada um, o copo pode estar “metade cheio” ou “metade vazio”.  É possível dar diferentes interpretações aos mesmos números e estatísticas. É fato que Alagoas continua em último. Mas também é fato que  o estado avançou.

O Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil mostra que Alagoas teve, entre 2000 e 2010, o segundo maior desempenho do país. No período o índice estadual saltou de 0,471 para 0,631, um crescimento de 33,97%.  No mesmo período só o Maranhão (com 34,24%) cresceu mais que Alagoas.

Entre 2000 e 2010 o IDHM do Brasil saiu de 0,612 para 0,727, em crescimento de 18,79%  ou 15 pontos percentuais a menos que Alagoas.

Os dados mostram melhora de Alagoas em todos os indicadores do IDHM (renda, longevidade e educação). A “surpresa”, no entanto, é a  melhora do IDHM Educação, que aumentou de 0,282 em 2000 para 0,520 em 2010, um salto de 84,40%. No mesmo período o IDHM Educação do país saiu de  0,456 em 2000 para 0,637 em 2010, em crescimento de 39,60%.

Educação

Em um dos quesitos que o estado de Alagoas mais avançou, a Educação, os números mostram que a proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos cresceu consideravelmente ao longo da década de comparação. Com isso, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 88,74%, em 2010.

No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 81,57%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 39,56%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 25,86%. Entre 1991 e 2010, essas proporções aumentaram, respectivamente, em 57,98 pontos percentuais, 63,60 pontos percentuais, 30,04 pontos percentuais e 18,98 pontos percentuais.

O que é

Os dados do IDHM são levantados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fundação João Pinheiro. São considerados 200 indicadores de demografia, educação, renda, trabalho, habitação e vulnerabilidade, entre outros, a partir de dados dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010.

As tabelas preparadas pelo blog mostram a evolução de Alagoas.

Ex-secretário do governo de Teotonio Vilela Filho, Jardel Aderico foi responsável pela implantação e estruturação da Sepaz em Alagoas. Apesar de ter alcançado bons resultados no trabalho de recuperação de dependentes químicos, através do programa Acolhe Alagoas, Jardel deixou a Pasta, em outubro de 2013em meio a uma crise na unidade de recuperação de menores.

O trabalho de Aderico na recuperação de dependentes químicos virou exemplo para outros estados. Por conta de sua atuação na área, o ex-secretário ganhou reconhecimento nacional e recebeu, nessa quarta-feira, 26, a Medalha do Mérito da Câmara Federal.

A indicação de Jardel para a medalha  foi feita pelo deputado federal Givaldo Carimbão, Líder do Pros, idealizador do modelo de recuperação de dependentes químicos que resultou na criação da Sepaz.

A liderança do Pros distribuiu texto sobre a entrega da medalha. Confira:

Primeiro secretário da Promoção da Paz de Alagoas recebe medalha do Mérito Legislativo

A Câmara dos Deputados promoveu na manhã desta quarta-feira (26) cerimônia solene para a entrega da medalha Mérito Legislativo a 49 personalidades e entidades que prestaram serviços relevantes ao Poder Legislativo e ao Brasil. Criada em 1983, a medalha é a mais alta distinção concedida pela Câmara. A indicação dos agraciados é realizada pelo presidente da Casa, pelos integrantes da Mesa Diretora e pelos líderes de partidos políticos.

Como líder do PROS, o deputado Givaldo Carimbão (AL) indicou o ex-Secretário de Promoção da Paz de Alagoas (SePaz), Jardel da Silva Aderico. Alagoas é pioneira no País na criação de uma secretaria de Estado dedicada à promoção de uma cultura de paz. Inspiradas na iniciativa do estado nordestino, Rondônia e Goiás criaram estruturas administrativas semelhantes.

Como ressaltou Carimbão, o modelo de combate às drogas com o uso ostensivo da polícia está vencido. “Temos que fortalecer a cultura da paz, não da guerra. A estrutura de recuperação do dependente químico não é bélica, pelo contrário, é de acolhimento e reinserção social, com o fortalecimento de uma cultura que deve ser ensinada na escola, desde o pré-escolar ao nono ano”, afirmou o líder.

A Secretaria de Promoção da Paz de Alagoas nasceu a partir de uma sugestão do deputado Givaldo Carimbão, que havia conhecido experiência semelhante na Europa, ao então governador do estado Teotonio Vilela. Por indicação do parlamentar, Jardel Aderico assumiu a secretaria, que em seu início contava com pouco menos de dez funcionários. “Hoje são mais de 150 pessoas na estrutura, que já acolheram mais de 14 mil dependentes químicos e formaram cerca de 30 mil pessoas na cultura da paz. É uma revolução da redução da violência pela paz”, avaliou Carimbão.

Política nacional

Como secretário de Promoção da Paz, Jardel Aderico participou das discussões e colaborou na construção do Projeto de Lei 7663/10, relatado na Câmara pelo deputado Givaldo Carimbão. O texto reformula a nova política nacional sobre drogas. Para Aderico, a medalha de Mérito Legislativo representa o reconhecimento de uma nova visão estratégica de combate e recuperação de dependentes químicos – que é a do acolhimento.

“Foi a partir da ação da SePaz e de Alagoas que os demais estados perceberam que o combate às drogas não está só na saúde, assistência social ou segurança pública. É preciso também lançar olhar ao dependente desestruturado emocionalmente, com reconhecimento da necessidade de reconstrução de valores e de caráter”, explicou o homenageado.

 Para o superintendente da Sudene, José Márcio Maia, que veio à Câmara acompanhar a cerimônia, a medalha é o reconhecimento do trabalho de uma equipe que tem em Aderico seu ícone. Segundo o subsecretário de política sobre drogas de Minas Gerais, Clóvis Benevides, também convidado para a solenidade, Jardel Aderico é hoje uma referência nacional.

“O modelo de Alagoas inspirou muitos estados e projetos no País. Esse papel desbravador merece o reconhecimento da Câmara dos Deputados”, avaliou. Superintendente de Política sobre Drogas de Alagoas, Luan Gama ressaltou a importância do trabalho pioneiro de Jardel que, “sob a orientação de Givaldo Carimbão, realizou um grande trabalho e já recuperou cerca de 14 mil dependentes químicos no estado”.

Ao lado de Givald Carimbão, Jardel Aderico recebe medalha