Monthly Archives: agosto 2012

Joinville, Arapiraca, Maceió e o incentivo às empresas na visão de Zumiro
   25 de agosto de 2012   │     23:31  │  1

Com mais de 500 mil habitantes, Joinville é a maior cidade de Santa Catarina. Maior até que a capital, Florianópolis. O lugar tem ares de metrópole moderna, mas seus habitantes nunca perderam o jeito simpático de população do interior.

Estive lá na última quinta-feira para participar da Interplast, uma feira para indústrias do setor plástico. O pouco que vi foi o suficiente para ficar com boa impressão: ruas limpas, bem arborizadas,  trânsito  organizado e um povo educado e hospitaleiro.

Ainda assim o atual prefeito, do PT, que concorre à reeleição, tem apenas 8% nas pesquisas. Entendi porque com Zumiro, um motorista que atendeu o grupo de alagoanos que participou da feira. Sua maior reclamação (praticamente única) é a falta de incentivo para as indústrias. “Esse prefeito está deixando nossas indústrias irem embora para Araquari (cidade vizinha) porque não dá incentivos e nem apoia as  empresas”, reclamou.

Em Joinville indústria e emprego são levados a séria pela população. A cidade tem empresas famosas, como a Consul, Brastemp, Tigre e Amanco. Só as fábricas de transformação de PVC empregam mais de 4 mil pessoas.

Cada fábrica que sai é um problema para a economia e motivo de revolta dos moradores da cidade. Essa é uma preocupação que se vê em cada pessoa de Joinville e por isso a  política desenvolvimento, da geração de emprego, faz parte dos discursos  em qualquer eleição.

Na volta a Alagoas parei para avaliar essa “lição”. Em Maceió os temas dominantes continuam sendo saúde, educação, segurança e, como o pleito é municipal, pavimentação de ruas e coisas do tipo.

Ainda não vi na agenda ou nas propostas dos candidatos a prefeito nada que se refira a incentivos com o objetivo de manter ou atrair empresas para a cidade.

Para explicar melhor o que penso, recorro mais uma vez a Zumiro. Ele acha que Dilma e o PT têm muitos votos no Nordeste por conta do Bolsa Família e outros programas sociais. “Se o governo quisesse resolver o problema da pobreza no Nordeste era só incentivar  indústria, como acontece aqui”.

Zumiro tem razão. Claro que além de indústria, comércio, serviço, turismo. Quanto mais empresas, mais empregos e menos bolsa família.

Célia Rocha, uma exceção

Ainda com grandes problemas, Arapiraca e seus mais de 200 mil habitantes é a cidade alagoana que mais me lembra Joinville. Principalmente pelo sentimento do seu povo. A cidade tem fábricas conhecidas como Araforros, Coringa, Cilel,Coca-cola e as maiores centrais de distribuição do Estado, além de uma agricultura forte.

O sentimento do arapiraquense é parecido com o do joinvillense. Talvez por isso a cidade cresça tanto que se tornou referência nacional em desenvolvimento. Talvez por isso a candidata do PTB, líder nas pesquisa, se preocupe com a questão: “Vou continuar oferecendo condições para novas empresas”, afirmou Célia Rocha, segundo sua assessoria, no programa do guia eleitoral dessa sexta-feira.

Célia destacou a importância de continuar fortalecendo o comércio e a geração de emprego e renda. “Como prefeita vou continuar oferecendo condições para que novas empresas se instalem em Arapiraca. Vamos lutar para que os arapiraquenses consigam mais empregos. Esta é a Arapiraca que o Brasil conhece e não pode parar”, afirmou a candidata.

Claro que cabe ao eleitor decidir o que quer, qual é o melhor candidato a eleger. Quem busca desenvolvimento, crescimento, vai querer  ouvir o que os candidatos tem a dizer sobre o incentivo as empresas e ao emprego. Já quem gosta de pedir favor…

O que o “silêncio” diz sobre o destino do estaleiro Eisa Alagoas
     │     13:08  │  0

Quando não se tem nada de interessante a dizer melhor calar. Quando se quer esconder algo, também.  O silêncio em torno do estaleiro Eisa fala por si.

O primeiro fato que é possível deduzir é que o Ibama vai manter a posição inicial de não liberar a licença para a área pretendida – situada entre a foz do rio Coruruipe e o Pontal de Coruripe.  Do contrário a ministra Isabella Teixeira já teria anunciado essa posição.

Também é possível arriscar que outra solução está sendo estudada. Do contrário, o assunto já teria vindo a tona.

O próprio Luiz Otávio Gomes deixou escapar outro dia que “se eu falar vou inviabilizar o estaleiro” confirmando a existência de um pacto de silêncio entre o governo de Alagoas, o Ministério do Meio Ambiente e parlamentares federais com mais trânsito no governo, a exemplo dos senadores Rena, Biu e Collor.

“Não ouço e não falo nada sobre esse assunto por enquanto. Mas asseguro que você será o primeiro a saaber assim que houver uma decisão”,prometeu o secretário de Planejamento e Desenvolvimento.

Nem mesmo o governador topa falar do assunto: “realmente assumi o compromisso com a ministra de não falar nada, até que encontremos uma saía”, me disse.

E que saída seria essa? Na prática – mantida a posição do Ibama – existem duas ou três possibilidades, visto que o empresário German Efromovich descarta investir mais US$ 150 milhões para construir diques de contenção, obra necessária para o estaleiro nas outras áreas três áreas que estão em estudo no órgão ambiental.

Opção um: o governo federal (ou estadual) arcaria com o custo adicional de construção dos diques e grupo Synergy toparia instalar o estaleiro em outra área próxima ao local em questão.

Opção 2: o governo de Alagoas e o Ministério do Meio Ambiente Ibama estariam avaliando outra área viável que não necessita de diques e fazem segredo para evitar que técnicos ou ambientalistas mais xiitas tentem iviabilizar o projeto no nascedouro.

Opção 3: o governo e o ministério estariam redesenhando o projeto no local original, mudando ou diminuindo a área – o que pode incluir desmembramentos  – dentro dos critérios de viabilidade econômica.

Afora essas opções, não tem estaleiro. A não ser que o o governo encontre outro grupo disposto a fazer o investimento.

Em tempo

No dia 12 de julho, numa audiência que foi marcada por Renan Calheiros, a ministra iabella Teixiera reabriu o diálogo em torno da licença ambiental do estaleiro Eisa. Ela chegou a pensar em cancelar o encontro em funão da forte prssão da bancada federal, mas reavaliou a posição depois de uma interfência do líder do PMDB no Senado.

Na  reunião, depois de botar os pingos nos is a ministra reabriu nas negociações e disse que o governo federal não tem interesse em barrar o desenvolvimento de Alagoas. A ministra prometeu então uma solução em 30 dias. Já se vão 43 dias e nada..

Nesse meio tempo Teixeria teve, semana passada, uma conversa reservada com o governador Teotonio Vilela Filho.  Também puder apurar que técnicos do governo de Alagoas e do Ibama tem tratado do assunto em “profundo silêncio”.

O que podemos deduzir de todo esse clima de mosteiro é que tem algo bom sendo construído. Do contrário, o barulho será imenso, estrondoso até.

Temperatura da eleição vai aumentar em Arapiraca a partir de hoje
     │     3:40  │  1

Quem imaginou que a eleição em Arapiraca seria tranquila – em função da larga vantagem de Célia Rocha – errou feio.

A campanha na capital do agreste está parecendo com um dia de verão em Pão de Açúcar, a cidade mais quente de Alagoas. A temperatura por lá está acima até da disputa eleitoral em Maceió.

E não é para menos. O rompimento de alianças e amizades que perduraram durante anos está carregando a campanha de emoção. Célia (PTB) e Rogério (PSDB) eram amigos pessoais. Foi ela quem convenceu Luciano Barbosa a colocar Teóflilo como seu vice em 2008.

Luciano que já não gostava muito de Rogério passou a querer distância depois que ele foi nomeado secretário de Educação, em 2010, por Téo Vilela. O ato foi visto pelo prefeito de Arapiraca – que tinha acabado de romper politicamente com o governador – como uma “provocação”.

Entre esses e outros desencontros, Luciano Barbosa ficou cada vez mais distante de Téo e Rogério, numa briga que tende a se radicalizar até 7 de outubro.

De um lado o governo e o PSDB jogam pesado para tentar desgastar Luciano Barbosa e, de quebra, melhorar o desempenho de Teófilo – até porque a possibilidade de vitória está descartada no momento. Do outro, estão recebendo a resposta, na mesma moeda, de Luciano e Célia. As alfinetadas estão cada vez mais fortes e já beiram a ofensas pessoais.

É nesse clima que Renan Calheiros vai entrar hoje, a partir das 14h, na campanha de rua em Arapiraca, numa caminhada seguida de comício. E no seu melhor estilo ele deve dar o tom da campanha, mostrando que a saúde e a educação estão bem melhores em Arapiraca do que em Alagoas.

Renan vai mostrar os avanços da administração de Barbosa e dizer que Célia é a única capaz de dar continuidade a atual gestão, aprovada por mais de 80% da população.  De quebra, ele deve cutucar o governo e o governador de Alagoas, o que vai contribuir para elevar ainda mais a temperatura eleitoral na cidade.  Até 7 de outubro será assim, pode anotar.

Quem também deve ir para a caminhada é  Fernando Collor. E quem conhece seu estilo de fazer campanha sabe que ele n tem apenas o passo forte. O senador do PTB tem estilo diferente e costuma ir direto ao ponto. É muito provável que Collor bata duro no governo do Estado e dê um recado “collorido” para os adversários de Célia Rocha.

Agora é ver o que acontece hoje e, depois, esperar a resposta.

 

Sem terras pedem desculpas ao presidente TJ. E os outros, como ficam?
   24 de agosto de 2012   │     15:04  │  0

Na última sexta-feira, 17, o presidente do TJ ganhou notoriedade por um ato de coragem pessoal. Ele evitou que um dos seguranças que o acompanhava fosse agredido a pauladas a desarmar um sem terra. Essa história você já conhece.

O fato é que as agressões e ameaças não se restringiram ao Tribunal de Justiça. Autoridades, empresários e convidados para a inauguração da nova fábrica de PVC passaram por vários constrangimentos. Incluindo o cerceamento do direito de ir vir.

Agora acabo de ver publicado no blog do Célio Gomes uma carta em que quatro movimentos pedem desculpas ao presidente do Tribunal de Justiça. E só.

Eu fico me perguntando por que os movimentos não aproveitaram para fazer o mesmo com outras pessoas que foram agredidas (caso dos seguranças, do secretário ajunto do Desenvolvimento Keylle Lima, motoristas etc etc).

Talvez fosse o caso de pedir desculpas a todos os alagoanos que ao longo desses últimos anos ficaram presos em barreiras no meio da estrada, perdendo escola, trabalho, reuniões importantes e, alguns, até viagnes, consultas, exames etc.

A luta pela reforma agrária é justa, assim como é justo – e mais do que isso sagrado o direito individudal do cidadção de ir e vir. Tá na Constituição. E os sem terra descumprem. E terminam por isso ganhando a antipatia de parte da socieade, embora as autoridades tenham sido empre tolerantes com os execssos do movimentos. Uma dessas autoridades tolerandes, como destacam os sem terra na sua carta, é o presidente do TJ.

Talvez por isso os movimetnos tenham tido a preocupação de pedir desculpas públicas através de carta:

Lamentamos o acontecido com o veículo do Tribunal de Justiça e esperamos que não seja caracterizado como uma ação contra o Poder Judiciário e, muito menos, contra Vossa Excelência. Apostamos na continuidade do diálogo por conhecer a vossa grandeza e a sensibilidade com as vidas dos mais fragilizados e historicamente excluídos do direito a terra.

A carta, na íntegra, pode ser lido no blog do Célio Gomes, no link a seguir:

http://blogsdagazetaweb.com.br/celiogomes/?p=12116

JC quer mudar Quartel do Exército de lugar e construir vila olímpica no local
     │     11:51  │  5

O deputado federal João Caldas, do PEN-AL , continua focado na liberação da licença para a construção do estaleiro Eisa de Coruripe. Ontem mesmo fez discurso, na Câmara, lembrando que a ministra do Meio Ambiente prometeu uma posição sobre o imbróglio.

“Isabella Teixeira prometeu uma resposta em 30 dias. Já se passaram 42 dias e ela dá o silêncio como resposta. Nós estamos atentos e vamos continuar cobrando”, avisou.

Na conversa comigo, agora a pouco por telefone, Caldas aproveitou para anunciar também uma novidade: conseguiu que o Exército Brasileiro consentisse em levar à frente uma ideia na qual ele vem trabalhando nos últimos dois meses: a mudança de endereço do Quartel do Exército na Avenida Fernandes Lima.

“Estive essa semana, aqui em Brasília, com o General Lauro.Também conversei com o General Aguiar, da Sétima Região. Os dois me disseram que o Exército aceita mudar o quartel de local”, aponta. Os generais com quem Marcelo Flávio Oliveira Aguiar, comandante da RM de Recife e Lauro Luis Pires da Silva, do departamento de engenharia e construção do Exército.  “Já oficiei a proposta e as tratativas estão abertas”,diz o deputado.

A ideia também foi discutida com o governador Teotonio Vilela Filho: “ele me autorizou a prosseguir as negociações”, diz o deputado. E também com o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo: “propus a construção no local de uma Vila Olímpica. Ele achou a ideia fantástica e prometeu apoio ao projeto”, relata Caldas.

O que o deputado quer na verdade é retirar o quartel do “meio do caminho”. A área ocupada pelo Exercito, de 45 hectares, se transformou num problema para qualquer projeto de abertura de novas vias para desafogar o trânsito da capital.

Caldas sonha com um trânsito melhor e também com um Parque da Cidade e uma Vila Olímpica no local.

O problema é que para isso terá que conseguir não só recursos para essas obras, mas também uma nova área para o Exército, num raio de 15 km do local atual. E ainda terá que entregar a nova área pronta, com o novo quartel já construído.

Claro que isso não é “coisa do outro mundo”. Mas será preciso vontade política não só do governo do Estado, mas também do governo federal para viabilizar o projeto. De toda forma, por onde ele anda, faz questão de anunciar que a ideia é sua. Teme que apareçam outros “pais para a criança” ainda mais agora, em período eleitoral.